
A “nova aventura da NASA” chama-se Artémis
Em entrevista à RFI, Rui Agostinho, do IA, explica-nos alguns detalhes e o porquê da missão Artémis, cujo objetivo é regressar à Lua.
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"Next Generation Astronomy" e Fado | Venha conhecer a "Astronomia da Próxima Geração", seguida de um concerto com a fadista Casimira Alves, a 1 de junho.O evento terá início às 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian - Centro Ciência Viva, em Lisboa, com a palestra "Next Generation Astronomy” dada em inglês por José Afonso, coordenador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, seguida de um concerto de fado pela fadista Casimira Alves, acompanhada por Paulo Leitão na guitarra portuguesa e Miguel Almeida na viola. Com organização do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, em parceria com o Planetário Calouste Gulbenkian - Centro Ciência Viva, este evento faz parte do programa social da IV Conferência Internacional de Aplicações em Ótica e Fotónica (AOP2019), a decorrer em Lisboa. O evento é aberto ao público e não requer inscrição prévia, estando a entrada limitada ao número de lugares disponíveis. |
“Astro-arqueologia” revela antigo sistema com 5 planetas do tipo terrestre | Graças a dados que a missão espacial Kepler (NASA) recolheu quase continuamente ao longo de 4 anos, uma equipa internacional, da qual fazem parte os investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Vardan Adibekyan, Nuno Santos e Sérgio Sousa, publicou hoje a descoberta do sistema Kepler-444, na revista The Astrophysical Journal. Este sistema com cinco planetas ter-se-á formado há 11,2 mil milhões de anos, isto é, quando o Universo tinha cerca de um quinto dos atuais 13,8 mil milhões de anos. Ou seja, quando a Terra se formou, os exoplanetas deste sistema, cerca de 2,5 vezes mais velho que o nosso Sistema Solar, já eram mais velhos do que a idade atual da Terra. Este é por isso o mais antigo sistema estelar conhecido a albergar exoplanetas do tipo terrestre. Saber mais » |
Como foi que disse? – 1ª parteNavegar no vocabulário da astronomia — Estrelas | Em astronomia, “inicial” e “tardio” nem sempre se referem a uma linha de tempo, e “metal” pode não ser aquele material brilhante que transmite corrente elétrica.Numa série de quatro artigos, vamos navegar por alguns termos usados na astronomia, de modo que possa compreender o vocabulário astronómico como um verdadeiro profissional.Estrelas “iniciais” e “tardias”Os astrónomos frequentemente distinguem as estrelas entre os tipos "inicial" e "tardio". As estrelas do tipo inicial são geralmente quentes e azuis, enquanto que as do tipo tardio são mais frias e vermelhas. Enquanto que estes nomes podem sugerir algo acerca da idade da estrela, essa não é a verdade. Isto trata-se de facto de um remanescente arcaico de uma explicação de como as estrelas evoluem proposta no século XIX, que sugeria que estrelas do tipo inicial (azuladas) gradualmente arrefeceriam e encolheriam até se tornarem estrelas do tipo tardio (avermelhadas). Este modelo tinha por base um processo físico conhecido por mecanismo Kelvin-Helmholtz, pelo qual os objetos irradiam energia à medida que contraem, e que se pensava ser a razão por que as estrelas brilham. Porém, se este fosse o caso, então o Sol não poderia ter brilhado por mais do que alguns milhões de anos. Mas os registos geológicos encontrados na Terra mostram que o nosso planeta tem vários milhares de milhões de anos. Mesmo tendo aquela ideia sido enfim abandonada, a terminologia inicial/tardio sobreviveu até hoje. [caption id="" align="alignnone" width="1280"]![]() Créditos: ESO/Digitized Sky Survey 2. Acknowledgement: Davide de Martin[/caption] As estrelas “queimam” hidrogénioA última machadada na história das estrelas de tipo “inicial” e “tardio” foi a descoberta de que as estrelas são alimentadas por fusão nuclear. Numa estrela, átomos leves como o hidrogénio são forçados a juntarem-se no núcleo da estrela, sob temperatura e pressão tremendas, devidas à gravidade. Isto resulta na fusão destes átomos em elementos mais pesados (no caso do hidrogénio, em hélio), libertando quantidades imensas de energia. Isto faz com que estrelas como o Sol brilhem intensamente.Estrelas de população I, II e III. Poderá pensar que estas três populações de estrelas se sucederam no tempo. Porém, a existir uma ordem entre elas, essa ordem é invertida em relação à sua numeração romana.Como a fusão “alimenta” as estrelas, é frequente os astrónomos referirem-se a este processo como “queima”, e então é provável que se ouça dizer que uma estrela “queima hidrogénio”. Contudo, isto não deverá ser confundido com o termo “queimar” que é aplicado ao que acontece na Terra (por exemplo, com um fósforo e oxigénio do ar) pois os dois processos não têm qualquer relação. Um processo, na estrela, envolve energia nuclear (armazenada no núcleo atómico), enquanto os fósforos envolvem energia eletromagnética ou química (armazenada nos eletrões dos átomos). Nova e supernovaUma ‘nova’ não é uma nova estrela que aparece no céu, embora o nome tenha tido essa origem quando entrou em uso no século XVI. O brilho percecionado como uma ‘nova’ estrela é de facto uma explosão termonuclear. Ocorre em geral num sistema de estrelas duplo, ou binário, composto por uma estrela normal e por uma anã branca (uma espécie de cadáver estelar). A explosão ocorre devido à queda de material da estrela normal para a anã branca. Do termo nova derivou outro: ‘supernova’. Uma supernova é uma explosão mais luminosa, em valor real, do que uma nova. As supernovas devem-se ao colapso do interior de uma estrela no final da sua vida (uma estrela com mais massa do que o Sol). Também podem ocorrer pelo colapso do resto mortal de uma estrela, como uma anã branca, caso esta tenha roubado material adicional de uma estrela companheira e atingido assim o limite de massa. [caption id="" align="alignnone" width="1200"]![]() Estrelas de população I, II e IIIPoderá pensar que estas três populações de estrelas se sucederam no tempo. Porém, a existir uma ordem entre elas, essa ordem é invertida em relação à sua numeração romana. Ao longo da história do Universo formaram-se, evoluíram e extinguiram-se muitas estrelas, de cujos restos mortais se formaram as sucessivas gerações. As primeiras estrelas eram constituídas quase apenas por hidrogénio e hélio, sintetizados após o Big Bang. Foram essas primeiras estrelas, através da fusão nuclear, que começaram a converter esses elementos leves e a enriquecer o Universo com elementos químicos mais pesados, essenciais para que hoje existam planetas rochosos e organismos como os humanos. Os astrónomos designam essa primeira geração de estrelas de população III.De que cor é o Sol? Para os nossos olhos, que têm um limite de saturação para a intensidade de luz, o Sol é branco (todas as cores juntas por igual). Mas se esse limite não existisse, veríamos o sol ligeiramente esverdeado.As estrelas da população II são estrelas mais recentes mas ainda assim antigas. Apresentam já alguma quantidade de elementos químicos mais pesados do que o hidrogénio e o hélio. São estrelas típicas do centro luminoso das galáxias, ou da sua periferia – no chamado halo. Quanto às estrelas da população I, são estrelas formadas no período mais recente da história do Universo, como o Sol. Têm uma elevada proporção de elementos mais pesados do que o hidrogénio e o hélio, e é mais provável que existam planetas a orbitá-las. São estrelas típicas do disco e dos braços de galáxias espirais como a nossa Via Láctea. [caption id="attachment_23783" align="alignnone" width="747"] ![]() Créditos: NASA/JPL-Caltech/ESO/R. Hurt; ESO/NASA/JPL-Caltech/M. Kornmesser/R. Hurt[/caption] Estrelas O B A F G K MAlguém familiarizado com astronomia vê cores nestas letras mesmo que estivessem a preto. Cada letra refere-se a uma gama de temperatura a que se encontra a superfície das estrelas desse tipo. Como o gás da estrela, para cada temperatura, tem um pico de brilho numa certa região do espectro da radiação eletromagnética (ou seja, numa certa cor da luz), então a cada gama de temperatura corresponde uma cor dominante. O Sol é uma estrela de tipo G, com temperaturas à superfície a rondar os 5800 Kelvin (o 0 da escala de Kelvin corresponde a -273,15º na escala Celsius). Estrelas avermelhadas são menos quentes à superfície (cerca de 3000 K), enquanto as estrelas O, azuis, podem ultrapassar os 30.000 Kelvin (e de facto têm o seu pico de brilho já na região dos ultravioletas). Então de que cor é o Sol? Para os nossos olhos, que têm um limite de saturação para a intensidade de luz, o Sol é branco (todas as cores juntas por igual). Mas se esse limite não existisse, veríamos o sol ligeiramente esverdeado, pois é nesses comprimentos de onda de luz que está o seu pico de intensidade. Se por ocasião do poente ou do nascente vemos o sol amarelo, ou mesmo vermelho, isso deve-se a um efeito de dispersão das frequências de cor azul por parte da atmosfera. [caption id="attachment_22129" align="alignnone" width="747"]![]() Proxima Centauro é uma estrela menos quente, à superfície, do que o Sol. Créditos: IAstro/Sérgio Pereira[/caption] A série de artigos de que este texto faz parte tem por base o artigo “What did you just say? – Navigating astronomy’s confusing terminology”, de Anita Chandran, publicado no ESOblog, traduzido para português por Iara Tiago e expandido por Sérgio Pereira, do Grupo de Comunicação de Ciência do IA, com revisão científica de Sérgio Sousa. |
Como foi que disse? – 2ª parteNavegar no vocabulário da astronomia — Galáxias | No segundo artigo desta série, em que procuramos descomplicar termos estranhos usados em astronomia, vamos até ao espaço profundo e descobrir que, também entre as galáxias, nem sempre os nomes são aquilo que parecem.Numa série de quatro artigos, vamos navegar por alguns termos usados na astronomia, de modo que possa compreender o vocabulário astronómico como um verdadeiro profissional.Galáxias de tipo inicial e tardioAssim como há estrelas do tipo “inicial” e “tardio”, os astrónomos usam também 'inicial' e 'tardio' para se referirem à estrutura das galáxias. As galáxias do tipo “inicial” tendem a ser galáxias elípticas, sem características distinguíveis na sua estrutura, e geralmente avermelhadas – por terem estrelas em fases evoluídas, pouco gás e quase nenhuma formação de novas estrelas. As galáxias do tipo “tardio” são espirais ou irregulares, com uma estrutura mais complexa, e são mais azuis – por terem estrelas jovens em regiões com grande reserva de gás e formação estelar. Esta nomenclatura surgiu do trabalho do astrónomo norte-americano Edwin Hubble que, numa primeira tentativa para encontrar alguma ordem dentro da panóplia de formas (ou morfologias) que vemos nas galáxias, as organizou ao longo de um sistema de classificação agora conhecido como Sequência de Hubble. [caption id="attachment_23844" align="alignnone" width="747"]![]() A forma em “diapasão”, ou bifurcada, pretende distinguir dois “ramos” entre as galáxias com braços espirais: as que têm uma barra, que é um alinhamento das estrelas na zona central da galáxia, e as que não apresentam esta barra. As observações da nossa própria galáxia, a Via Láctea, indicam que é uma espiral barrada. Créditos: Zoouniverse[/caption] No entanto, embora o próprio Hubble tenha advertido explicitamente contra o uso desta classificação para inferir qualquer tipo de tendência evolutiva das galáxias, por algum tempo os astrónomos pensaram que as galáxias evoluiriam da esquerda para a direita nesta sequência. Hoje sabemos que não é o caso. Na verdade, quando duas galáxias espirais se fundem, a galáxia resultante geralmente é uma galáxia elíptica, pois ocorre um processo de rápida formação de estrelas, que consome quase todo o gás. Porém, na maioria das vezes, as galáxias têm diferentes morfologias porque evoluíram de maneiras diferentes. Matéria escuraPoderíamos ser levados a pensar que, se puséssemos uma quantidade de matéria escura diante de uma lâmpada, aquela iria ocultar a luz e veríamos uma silhueta. De facto, um material escuro não emite, nem reflete, nem deixa passar a luz, mas absorve a luz – toda a luz, ou melhor, todas as cores – e por isso é cinzento ou preto.Até muito recentemente, a luz (ou radiação eletromagnética) tinha a quase exclusividade da informação sobre o Universo que podíamos recolher aqui na Terra. Por isso, algo que tenha a palavra “escuro” no nome pode também significar uma coisa sobre a qual os astrónomos sabem ainda muito pouco.Porém, a matéria escura não é cinzenta nem preta. Ela deixa passar a luz, não a absorve, e tudo leva a crer que ela não interage de nenhuma forma com a radiação eletromagnética. “Escuro”, neste caso, refere-se a algo que simplesmente não se vê – não emite, não reflete, nem absorve luz. Do ponto de vista da matéria escura, parece que a luz não existe. O nome “matéria escura” foi cunhado para se referir ao excesso de matéria que parece existir nas galáxias e nos enxames de galáxias, em relação ao que seria expectável somando apenas a matéria que podemos depreender diretamente só pela informação luminosa. Entre o pouco que se sabe sobre a matéria escura, é que ela parece definir toda a estrutura do Universo – as regiões para onde se concentra a matéria normal e onde se formam as estrelas, as galáxias e os enxames de galáxias. Energia escuraAté muito recentemente, a luz (ou radiação eletromagnética) tinha a quase exclusividade da informação sobre o Universo que podíamos recolher aqui na Terra. Por isso, algo que tenha a palavra “escuro” no nome pode também significar uma coisa sobre a qual os astrónomos sabem ainda muito pouco. A “energia escura” é uma delas. Este nome foi dado a qualquer coisa, ainda desconhecida, que parece, na grande escala do Universo, estar a contrariar a força da gravidade – quais duas titânidas lutando por definir, cada uma à sua maneira, o destino do Universo – e a primeira parece estar a ganhar. O Universo está a expandir-se cada vez mais rápido, com os enxames de galáxias a afastarem-se cada vez mais uns dos outros. Se existe algum misterioso processo que está a produzir cada vez mais espaço entre os enxames de galáxias, a resposta provisória chama-se “energia escura”. [caption id="attachment_23845" align="alignnone" width="747"]![]() Créditos: NASA, ESA, and J. Lotz (STScI)[/caption] A série de artigos de que este texto faz parte tem por base o artigo “What did you just say? – Navigating astronomy’s confusing terminology”, de Anita Chandran, publicado no ESOblog, traduzido para português por Iara Tiago e expandido por Sérgio Pereira, do Grupo de Comunicação de Ciência do IA, com revisão científica de Ismael Tereno. |
Como foi que disse? – 3ª parteNavegar no vocabulário da astronomia — Planetas | Se alguma vez encontrou o termo planeta “tipo-Terra”, espere mais um pouco antes de se mudar para lá. Alguns termos em astronomia podem parecer estranhos ou enganadores.Nesta terceira parte de uma série de quatro artigos tentamos descomplicar alguns termos usados em ciências planetárias, para que os consiga usar como um profissional.O que é afinal um planeta?Os astrónomos estão ainda em desacordo em relação à forma como definem um planeta no Sistema Solar. Muitos definem os planetas como sendo corpos massivos o suficiente para atingirem um estado chamado equilíbrio hidrostático. Isto significa que a gravidade do planeta é suficiente para compensar a pressão centrífuga (em direção ao exterior) do material planetário, pelo que o planeta adquire uma forma quase esférica. Mas outros astrónomos exigem requisitos adicionais. A definição dada pela União Astronómica Internacional (IAU) requer que, para além de estarem em equilíbrio e serem quase redondos, os planetas orbitem o Sol e tenham “limpo a sua vizinhança”, removendo outros objetos astronómicos do seu caminho. Então, tecnicamente, existem apenas oito planetas no nosso Sistema Solar, visto que Plutão não cumpre o terceiro critério. [caption id="attachment_23954" align="alignnone" width="752"]![]() Apesar de muito mais pequeno do que a Lua, a sua forma arredondada justifica a sua classificação como planeta-anão. Mas pelo facto de partilhar a sua órbita em volta do Sol com muitos outros objetos, não pode ser considerado um planeta. Créditos: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA[/caption] Entende-se que limpar a órbita não poderá ir até ao limite das poeiras que cruzam as órbitas dos planetas, pois estas existirão sempre. Porém, um planeta tem a capacidade de limpar toda a órbita se lhe derem o tempo suficiente para isso, enquanto que um planeta-anão, ou um pequeno corpo do sistema solar, nunca o conseguirá. A “habitabilidade” planetária implica apenas que um planeta tem a possibilidade de ter água no estado líquido. Mas sabemos que este não é o único factor essencial à vida no nosso planeta.E os planetas que orbitam outras estrelas que não o Sol, os exoplanetas? De acordo com a definição da IAU, os exoplanetas não são formalmente considerados planetas, pois não andam à volta do Sol. Eles têm, portanto, a sua própria definição. Assim como os planetas do Sistema Solar, eles têm que ser massivos o suficiente, mas não tão massivos ao ponto de gerarem fusão nuclear no seu interior, o que acontece só para corpos com massa superior a 13 vezes a massa de Júpiter – nas chamadas anãs castanhas, que são estrelas “falhadas”, sem massa suficiente para gerar energia por fusão nuclear como a que acontece no Sol, mas onde pode ocorrer a fusão de um isótopo do hidrogénio, o deutério. Além disso, os exoplanetas podem orbitar objetos que não sejam estrelas, como as anãs castanhas ou cadáveres estelares, como as estrelas de neutrões (o final de vida de estrelas com mais massa do que o Sol). Mas os planetas têm de orbitar algo, o que significa que os chamados planetas errantes, desgarrados de qualquer estrela, não são propriamente planetas. HabitávelPoderá pensar que um exoplaneta “habitável” é um no qual pudéssemos viver. Não é bem assim. A habitabilidade planetária é uma medida do potencial que um planeta, ou lua, tem para desenvolver e manter ambientes propícios à vida como conhecemos na Terra. Isto frequentemente implica apenas que um planeta tem a possibilidade de ter água no estado líquido. Mas sabemos que este não é o único factor essencial à vida no nosso planeta. Além disso, se entretanto descobrirmos algo sobre outras possíveis formas de vida, a nossa definição de “habitável” pode ter que ser revista.Zona HabitávelCom base na ideia de “habitável”, a zona habitável, ou 'zona Goldilocks', é o intervalo de distância a uma estrela no qual a superfície de um planeta ou lua pode suportar água líquida, se houver pressão atmosférica suficiente. Esta última parte é importante: a nossa Lua está obviamente dentro da zona habitável do Sol, mas não pode albergar água líquida porque não tem atmosfera. [caption id="attachment_22058" align="alignnone" width="752"]![]() Créditos: J. Whatmore/IAstro[/caption] Planeta tipo-Terra (ou análogo à Terra)Este termo, como ele sugere, usualmente refere-se a um planeta ou lua que é “como a Terra”, ou tem propriedades físicas semelhantes às do nosso planeta. A dificuldade com este termo surge ao descrever o que é ser "como a Terra". Na maioria das vezes, as únicas propriedades observáveis que podemos medir em exoplanetas são a sua massa e tamanho. Mas pensemos em Vénus: tem praticamente o mesmo tamanho e massa da Terra, mas é um inferno escaldante coberto por espessas nuvens de ácido sulfúrico. Definitivamente não é como a Terra! Como resultado, só porque nos referimos a um planeta como “tipo-Terra” não significa necessariamente que seja muito parecido com a Terra.Nebulosa PlanetáriaO nome ʻnebulosa planetáriaʼ surgiu porque muitas destas nebulosas têm formas redondas que as faziam parecer planetas quando observadas com os primeiros telescópios.Pode pensar que este termo é fácil: nebulosa planetária, portanto, nebulosa envolvendo planetas! Infelizmente, estaria incorreto. O termo nebulosa planetária refere-se à camada de gás brilhante e em expansão da qual muitas estrelas se desprendem nas fases tardias da sua evolução, como acontecerá com o Sol. O nome surgiu porque muitas dessas nebulosas têm formas redondas que as faziam parecer planetas quando observadas com os primeiros telescópios. Curiosamente, muitas nebulosas planetárias nem sequer são redondas e, em vez disso, têm formas simétricas, como uma ampulheta ou uma borboleta. Mas, como muitos outros termos em astronomia, o nome sobreviveu. [caption id="" align="alignnone" width="1024"] ![]() Créditos: ESO[/caption] MetaisSabemos o que é um metal na Terra. Pensemos de que é feita uma espada, ou uma lata de refrigerante, ou as chaves para abrir a nossa casa. É aquela coisa brilhante que conduz eletricidade e às vezes é magnética. Em astronomia, no entanto, as coisas são diferentes. Para os astrónomos, os planetas são feitos de “metais”, e com isto não querem dizer que os planetas são simplesmente bolas de canhão mal polidas. No Universo, onde quase toda a matéria é hidrogénio e hélio, o termo “metais” é usado para descrever qualquer elemento que não seja hidrogénio nem hélio. Estrelas e nebulosas que possuem muitos elementos pesados são geralmente chamadas de “ricas em metais”, e a abundância destes elementos pesados é designada em astronomia por “metalicidade”. Isto acontece apesar de a maioria desses elementos –– como o carbono, azoto ou oxigénio –– não obedecerem às definições de metal que os químicos e físicos usam.A série de artigos de que este texto faz parte tem por base o artigo “What did you just say? – Navigating astronomy’s confusing terminology”, de Anita Chandran, publicado no ESOblog, traduzido para português por Iara Tiago e expandido por Sérgio Pereira, do Grupo de Comunicação de Ciência do IA, com revisão científica de Ana Rita Silva. |
Como foi que disse? – 4ª parteNavegar no vocabulário da astronomia — Distâncias e medidas | Há canções populares que utilizam um termo astronómico também popular: o ano-luz. São uma boa forma de inserir a astronomia no dia-a-dia, embora algumas utilizem o termo como se fosse uma unidade de tempo, em vez de distância.Terminamos esta série, em que tentamos clarificar termos estranhos ou enganadores utilizados pelos astrónomos, com algumas medidas muito comuns em astronomia.O ano-luzTemos de começar com um clássico: o ano-luz. Como muitas unidades de medida em astronomia, a confusão surge com a palavra 'ano', o que pode sugerir que é uma unidade de tempo. Em vez disso, o ano-luz refere-se à distância que a luz (ou radiação eletromagnética) consegue percorrer no vazio durante um ano: cerca de 9,46 biliões de quilómetros. Também se podem usar unidades mais pequenas, como dias-luz, ou horas-luz. A Lua está a cerca de um segundo-luz da Terra.Minuto de arco e segundo de arcoTal como o ano-luz, os minutos de arco e os segundos de arco podem, à primeira vista, parecer unidades de tempo, mas são unidades para medir ângulos. Se pensarmos que há 360 graus na volta completa de um círculo, um minuto de arco é 1/60 de um grau, e um segundo de arco é 1/60 de um minuto de arco.Com um pouco de matemática, a medição de um ângulo, o ângulo de paralaxe, é uma maneira eficaz de medir a distância a estrelas que estejam até algumas centenas de anos-luz,... sem termos de sair da Terra.Se dividirmos a circunferência do equador celeste em 1 296 000 partes (360 graus x 60 minutos x 60 segundos), cada parte corresponde a uma amplitude de um segundo de arco Os astrónomos costumam usar estas unidades para quantificar o tamanho aparente de objetos astronómicos no céu; por exemplo, o diâmetro aparente da Lua são cerca de 30 minutos de arco. Também são usadas para medir a distância aparente entre dois objetos no céu, como veremos na secção seguinte. O parsecParsec é uma forma abreviada de dizer “segundo de paralaxe” (do inglês, “parallax second”), que novamente pode levar a pensar que é uma unidade de tempo, quando na verdade é uma unidade de distância. Enquanto a Terra se move em torno do Sol, as estrelas próximas parecem mover-se contra o fundo de estrelas mais distantes e praticamente fixas. Podemos experienciar algo semelhante quando nos deslocamos, por exemplo, num comboio: objetos próximos da linha férrea ficam para trás mais rapidamente do que aspetos da paisagem mais afastados. Este movimento aparente é chamado de paralaxe. Com um pouco de matemática, a medição de um ângulo, o ângulo de paralaxe, é uma maneira eficaz de medir a distância a estrelas que estejam até algumas centenas de anos-luz,... sem termos de sair da Terra. [caption id="attachment_23983" align="alignnone" width="747"]![]() Créditos: NASA, ESA and A. Feild (STScI)[/caption] Num planeta imaginário que esteja a um parsec de distância, o Sol e a Terra serão vistos no céu afastados, no máximo, de um ângulo com um segundo de arco. Este valor pode ser menor, dependendo da orientação da órbita da Terra em relação à direção em que se encontra esse planeta. Um parsec é portanto a distância ao conjunto Sol-Terra a partir da qual a máxima separação angular entre o Sol e a Terra é de um segundo de arco. O parsec é de facto a unidade de distância mais usada pelos astrónomos, porque é o resultado de uma medida direta. A distância em anos-luz é sempre um valor indireto, convertido a partir do parsec ou de outra medida de distância. Um parsec é aproximadamente igual a 3,26 anos-luz. A série de artigos de que este texto faz parte tem por base o artigo “What did you just say? – Navigating astronomy’s confusing terminology”, de Anita Chandran, publicado no ESOblog, traduzido para português por Iara Tiago e expandido por Sérgio Pereira, do Grupo de Comunicação de Ciência do IA, com revisão científica de Ismael Tereno. |
Semana da Leitura 2021Como o céu brilha nas palavras | Como seria o Universo sem leitura? Será que tudo o que existe são como páginas de um livro à espera de leitores?Há universos dentro dos livros, mas também as leituras espalham o Universo e criam leitores ávidos de desvendar os seus mistérios. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) celebra a Semana da Leitura 2021, uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura (PNL)1. Junte-se aos nossos cinco convidados para uma conversa sobre a leitura e os livros, e como o céu é muito mais brilhante dentro de nós pelo que aprendemos sobre ele lendo. Convidados:
1. Conheça também o projeto Ler+ Espaço, uma parceria IA e PNL. |
10 de junho, Dia de Portugal e de eclipse | O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas vai ser também dia de eclipse do Sol. No ártico, o eclipse será anular. Por cá será parcial, com os Açores a terem a melhor visão para o espetáculo.Artigo de Ricardo Cardoso Reis1 em parceria com a National Geographic Portugal A 82,5° norte, a povoação de Alert, no Canadá, em pleno Círculo Polar Ártico, é a povoação permanente mais setentrional do planeta. Neste local, o Sol deixou de se pôr no início de abril e vai manter-se sempre acima do horizonte até ao início de setembro. Mas no dia 10 de junho de deste ano, as poucas dezenas de habitantes vão ver o Sol um pouco mais fraco, a formar um halo no céu – um eclipse anular do Sol. Porque é que algumas vezes a Lua consegue tapar todo o disco solar e produzir um eclipse total, mas outras vezes não?Os movimentos celestesPara perceber como funcionam os eclipses do Sol, é preciso ter em conta a órbita da Lua em torno do nosso planeta, a órbita da Terra à volta do Sol e as diferentes sombras que a Lua lança sobre a superfície do nosso planeta quando estes três astros estão alinhados. A Terra e os restantes planetas do Sistema Solar orbitam o Sol mais ou menos no mesmo plano – a chamada eclíptica (precisamente o plano onde ocorrem os eclipses, ou perto dele). Mas a órbita da Lua em torno da Terra tem uma inclinação de 5,145 graus em relação à eclíptica. É por esta razão que a maioria das vezes que a Lua está em fase de lua nova, isto é, quando está entre o nosso planeta e o Sol, os três astros não ficam perfeitamente alinhados – a Lua fica um pouco acima ou um pouco abaixo da eclíptica. O nosso satélite natural cruza a eclíptica duas vezes em cada órbita, em dois pontos de interseção chamados nodos. Contudo, cerca de duas vezes por ano, dá-se a coincidência de a lua nova ocorrer quando a Lua está num (ou perto de um) nodo. Nessas alturas, a Lua fica alinhada entre o Sol e a Terra, com a sua sombra a cair sobre uma parte da superfície terrestre. [caption id="attachment_20925" align="alignnone" width="747"]![]() Créditos: Ricardo Cardoso Reis (Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço & Planetário do Porto - Centro Ciência Viva)[/caption] Por uma enorme coincidência, apesar de a Lua ser aproximadamente quatrocentas vezes menor do que o Sol, em média está quatrocentas vezes mais perto de nós do que a nossa estrela, o que faz com que o diâmetro aparente dos dois astros, observados a partir da superfície da Terra, seja praticamente o mesmo. Ou seja, quando a Lua está alinhada entre o Sol e a Terra, em certos locais à superfície da Terra podemos ver a Lua a tapar parte, ou até mesmo todo, o disco solar – ocorre então um eclipse do Sol. Continuar a ler no website da National Geographic Portugal »
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100 anos da União Astronómica Internacional | Em 2019 celebram-se os 100 anos da União Astronómica Internacional (IAU), uma organização que tem por objetivo promover a Astronomia em todas as suas vertentes através da colaboração internacional.O dia 28 de julho de 1919 é considerada a data da sua constituição. Neste dia, menos de um ano após o fim da Primeira Guerra Mundial, foram aprovados os estatutos do então Concelho Internacional de Investigação1, organismo criado com o intuito de promover a cooperação entre os vários países na investigação científica, agregando um conjunto de novas sociedades científicas internacionais2. A União Astronómica Internacional esteve entre as primeiras destas sociedades, numa altura em que, na sua maioria, se constituíam sobretudo como academias ou concelhos científicos ao nível nacional dos países.Para além da investigação, a União Astronómica Internacional promove a Astronomia através da divulgação, do ensino e do desenvolvimento humano.Portugal aderiu à IAU cinco anos depois, em 1924, e hoje é nela representado através da Sociedade Portuguesa de Astronomia (SPA). A IAU promove a Astronomia não apenas ao nível da investigação, âmbito no qual organiza encontros científicos e é responsável pela definição de constantes fundamentais da astronomia e da física, e pela definição de nomenclatura. É também a entidade responsável por atribuir os nomes a objetos celestes e a características na superfície de corpos do Sistema Solar3. Mas para além da investigação, a União Astronómica Internacional promove a Astronomia também através da divulgação, do ensino e do desenvolvimento humano. [caption id="attachment_12026" align="alignleft" width="298"] ![]()
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100 anos de espaço-tempo: A Origem do Tempo em Cosmologia: de Regresso à Mensagem de Einstein | Nas celebrações do eclipse solar total de 1919, aproveite observações astronómicas, visitas guiadas a um observatório histórico, e uma palestra pública dedicada ao contributo de Einstein para a ciência.O dia 29 de maio marcou o centenário das observações do eclipse solar total de 1919, em Sobral (Brasil), e na ilha do Príncipe (São Tomé e Príncipe), observações de que resultou a confirmação de uma das previsões da teoria da relatividade geral de Einstein.Após o falecimento do seu grande amigo e confidente científico, Michele Besso, Albert Einstein escreveu uma carta de consolação à viúva, Anna Winteler, nos seguintes termos: “Ele partiu agora deste estranho mundo um pouco à minha frente. Pessoas como nós, que acreditam na física, sabem que a diferença entre passado, presente e futuro é só uma ilusão teimosamente persistente”.
Esta conceção de um Universo em Bloco, onde coexistem passado, presente e futuro, é evidente nesta carta e surge, em parte, no contexto das teorias da relatividade de Einstein. Representou um passo na expulsão do tempo nas teorias físicas; mas essa expulsão não parece ser completamente razoável para Einstein, como se percebe pela sua hesitação ao reconhecer que estas descrições científicas não satisfazem completamente as nossas necessidades humanas; existe algo essencial acerca do Agora (o tempo Presente) que está fora do domínio da ciência.
É neste contexto que Paulo Crawford, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, irá discutir o conceito de tempo absoluto de Newton versus tempo relativo de Einstein, abordando seguidamente a expulsão do tempo no quadro do Universo em Bloco e terminando com o Renascimento do Tempo, no âmbito da Cosmologia, numa luta de conciliação infindável da relatividade geral com as teorias quânticas.
Todas as atividades são de acesso gratuito, no entanto, a palestra é limitada ao número de lugares disponíveis, e as visitas guiadas ao edifício requerem o registo prévio, realizado à chegada ao evento.
Organizado pelo IA, este evento faz parte da exposição E3 - Einstein, Eddington e o Eclipse, enquadrada no projeto Eddington @ Sundy: 100 anos depois.
Programa:21h30A Origem do Tempo em Cosmologia: de Regresso à Mensagem de Einsteinpor Paulo Crawford, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA)23h001º Visita Guiada ao Edifício Histórico23h302º Visita Guiada ao Edifício Histórico24h003ª Visita Guiada ao Edifício Histórico21h30 - 00h30Observações Astronómicas em contínuo ao longo da noiteAo longo de 2019, a União Astronómica Internacional (IAU) comemora os seus 100 anos de existência. O IA associa-se às celebrações juntando-se aos múltiplos eventos e projetos a decorrer no mundo inteiro. |
100 anos de espaço-tempo: O Lado Brilhante do Universo | Nas celebrações do eclipse solar total de 1919, aproveite observações astronómicas, visitas guiadas a um observatório histórico, e uma palestra pública dedicada ao lado brilhante do Universo.O dia 29 de maio marcou o centenário das observações do eclipse solar total de 1919, em Sobral (Brasil), e na ilha do Príncipe (São Tomé e Príncipe), observações de que resultou a confirmação de uma das previsões da teoria da relatividade geral de Einstein. Cem anos depois, a nossa visão do Universo é extraordinariamente mais vasta do que aquilo que era conhecido ao tempo de Einstein. O astrónomo americano Edwin Hubble mostrou entretanto que a nossa galáxia é apenas uma num oceano cósmico povoado por outras galáxias. O que sabemos hoje sobre estas ilhas de luz, que em vastos grupos se distribuem pelo espaço até onde os instrumentos astronómicos alcançam? Como se formaram as galáxias e qual foi a sua história vivida em conjunto? Terminaremos o ciclo "100 anos de espaço-tempo" com uma viagem a este lado brilhante do Universo. Todas as atividades são de acesso gratuito, no entanto, a palestra é limitada ao número de lugares disponíveis, e as visitas guiadas ao edifício requerem o registo prévio, realizado à chegada ao evento. Organizado pelo IA, este evento faz parte da exposição E3 – Einstein, Eddington e o Eclipse, enquadrada no projecto Eddington @ Sundy: 100 anos depois.Programa:21h30O Lado Brilhante do Universopor José Afonso, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade e Lisboa (FCUL).23h001º Visita Guiada ao Edifício Histórico23h302º Visita Guiada ao Edifício Histórico24h003ª Visita Guiada ao Edifício Histórico21h30 – 00h30Observações Astronómicas em contínuo ao longo da noiteAo longo de 2019, a União Astronómica Internacional (IAU) comemora os seus 100 anos de existência. O IA associa-se às celebrações juntando-se aos múltiplos eventos e projetos a decorrer no mundo inteiro. |
100 anos de espaço-tempo: O Lado Escuro do Eclipse | Nas celebrações do eclipse solar total de 1919, aproveite observações astronómicas, visitas guiadas a um observatório histórico, e uma palestra pública dedicada ao lado escuro do Universo.O dia 29 de maio marcou o centenário das observações do eclipse solar total de 1919, em Sobral (Brasil), e na ilha do Príncipe (São Tomé e Príncipe), observações de que resultou a confirmação de uma das previsões da teoria da relatividade geral de Einstein. A descoberta de inesperados constituintes do Universo - a matéria escura e a energia escura - fazem hoje repensar a teoria da gravitação de Einstein, que em todos os outros aspetos tem somado sucessos atrás de sucessos. Ao lado escuro do Universo é dedicada a palestra de Tiago Barreiro, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor na Universidade Lusófona - "O Lado Escuro do Eclipse". Todas as atividades são de acesso gratuito, no entanto, a palestra é limitada ao número de lugares disponíveis, e as visitas guiadas ao edifício requerem o registo prévio, realizado à chegada ao evento. Organizado pelo IA, este evento faz parte da exposição E3 - Einstein, Eddington e o Eclipse, enquadrada no projecto Eddington @ Sundy: 100 anos depois.Programa:21h30O Lado Escuro do Eclipsepor Tiago Barreiro, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor na Universidade Lusófona.23h001º Visita Guiada ao Edifício Histórico23h302º Visita Guiada ao Edifício Histórico24h003ª Visita Guiada ao Edifício Histórico21h30 - 00h30Observações Astronómicas em contínuo ao longo da noiteAo longo de 2019, a União Astronómica Internacional (IAU) comemora os seus 100 anos de existência. O IA associa-se às celebrações juntando-se aos múltiplos eventos e projetos a decorrer no mundo inteiro. |
100 anos de espaço-tempo: Ondas gravitacionais - A sinfonia cósmica que abalou o mundo | Nas celebrações do eclipse solar total de 1919, participe numa noite de observações astronómicas, visitas guiadas a um observatório histórico e com uma palestra pública dedicada às ondas gravitacionais.O dia 29 de maio marca o centenário das observações do eclipse solar total de 1919, em Sobral (Brasil), e na ilha do Príncipe (São Tomé e Príncipe), observações de que resultou a confirmação de uma das previsões da teoria da relatividade geral de Einstein. Esta teoria passou mais um teste em setembro de 2015, com a primeira deteção de ondas gravitacionais, e é a elas que é dedicada a palestra de Francisco Lobo, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) - "Ondas gravitacionais - A sinfonia cósmica que abalou o mundo". Todas as atividades são de acesso gratuito, no entanto, a palestra é limitada ao número de lugares disponíveis, e as visitas guiadas ao edifício requerem o registo prévio, realizado no local. Organizado pelo IA, este evento faz parte da exposição E3 - Einstein, Eddington e o Eclipse, enquadrada no projecto Eddington @ Sundy: 100 anos depois.Programa:21h30Ondas gravitacionais - A sinfonia cósmica que abalou o mundopor Francisco Lobo, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL).23h001º Visita Guiada ao Edifício Histórico23h302º Visita Guiada ao Edifício Histórico24h003ª Visita Guiada ao Edifício Histórico21h30 - 00h30Observações Astronómicas em contínuo ao longo da noiteAo longo de 2019, a União Astronómica Internacional (IAU) comemora os seus 100 anos de existência. O IA associa-se às celebrações juntando-se aos múltiplos eventos e projetos a decorrer no mundo inteiro. |
20 anos de Portugal no ESO | Participe numa sessão online para celebrar vinte anos de expansão da Astronomia portuguesa com o ESOForam inúmeros os benefícios para comunidade científica e para a sociedade portuguesa que resultaram da adesão de Portugal ao Observatório Europeu do Sul (ESO), a maior organização intergovernamental em Astronomia na Europa e o observatório mais produtivo do mundo, no Chile. Para assinalar duas décadas de expansão notável da atividade portuguesa nesta área, o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) inicia um programa de celebrações precisamente no aniversário da assinatura do acordo de adesão, a 27 de junho, com uma sessão online no canal do IA no YouTube. Vários investigadores do IA e um painel de discussão vão partilhar algumas das inúmeras descobertas possibilitadas pelos telescópios do ESO e também pelo radiotelescópio ALMA, de que o ESO é membro fundador. Fascinante é também a aventura que tem sido desenvolver instrumentação astronómica no limite da capacidade tecnológica de modo a aproveitar a óptica de excelência dos telescópios do ESO. A bandeira portuguesa está associada a instrumentos de vanguarda, e novos instrumentos estão a ser desenhados, o que permitirá oferecer uma visão para os próximos 20 anos de Portugal nesta organização. Subscreva o nosso canal no YouTube e aproveite para colocar as suas perguntas ao intervenientes através da janela de chat.PainelTeresa Lago (Secretária geral da União Astronómica Internacional - IAU) Chiara Manfletti (Presidente da Portugal Space) Paulo Garcia (Delegado Científico Português ao Conselho do ESO) José Afonso (Coordenador do IA) Investigadores do IAAlexandre Cabral Doris Arzoumanian Iris Breda Jarle Brinchmann João Retrê Nuno Santos Vardan Adibekyan Transmissão em diretoAssista à transmissão em direto na janela em baixo. Se quiser participar e colocar perguntas, dirija-se ao canal do IA no YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=CM5FtZe9lno |
20 anos de Portugal no Observatório Europeu do Sul | O IA iniciou a sua celebração dos 20 anos de Portugal como membro do Observatório Europeu do Sul (ESO) com uma sessão online que contou com um painel de discussão e breves apresentações de investigadores.Foram inúmeros os benefícios para comunidade científica e para a sociedade portuguesa que resultaram da adesão de Portugal ao ESO, a maior organização intergovernamental em Astronomia na Europa e o observatório mais produtivo do mundo, no Chile. Veja, ou reveja, a sessão no nosso canal no YouTube. [embed width="600" height="337"]https://www.youtube.com/watch?v=CM5FtZe9lno[/embed] |
51 Pegasi b - 25 anos | No dia 6 de outubro de 1995, Michel Mayor e Didier Queloz anunciaram a descoberta do primeiro exoplaneta à volta de uma estrela semelhante ao Sol - o 51 Pegasi b. Esta descoberta valeu-lhes o Prémio Nobel da Física de 2019.
Para comemorar o 25º aniversário, os investigadores Nuno Cardoso Santos, Susana Barros, Sérgio Sousa e João Faria, da linha temática "A detecção e caracterização de outras Terras" do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço partilharam o significado desta descoberta, que se revelou ser o início de uma verdadeira revolução científica.
Assista ao vídeo abaixo. Veja este e outros vídeos no canal do IA no YouTube. https://youtu.be/qPJY2wzrv5E |
A "nova aventura da NASA" chama-se Artémis | Artémis é a deusa da Lua na mitologia grega e é o nome da missão da NASA para voltar a colocar a humanidade na Lua, mas já com um pé em Marte.Em entrevista à RFI, Rui Agostinho, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, explica-nos alguns detalhes e o porquê desta missão. Ouça a entrevista completa aqui: https://www.youtube.com/watch?v=9rn428HmP5I |
A "programar" a nossa galáxia com Scratch | O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço associa-se mais uma vez ao concurso nacional de programação "A Criar com Scratch!" lançando como tema para a competição deste ano "A nossa galáxia: a Via Láctea".O concurso "A Criar com Scratch!" envolve a criação e desenvolvimento de projetos elaborados em SCRATCH, como jogos, animações ou apresentações, sobre uma temática associada ao Espaço. Está aberto a crianças e jovens do ensino pré-escolar ao 3º ciclo do ensino básico acompanhados por um adulto professor ou encarregado de educação. Ao estimular o uso de uma linguagem de programação simples, este concurso pretende promover a literacia digital, desenvolvendo competências de programação e resolução de problemas, bem como a memória, atenção, raciocínio lógico e criatividade. Outro objetivo prende-se com a interdisciplinaridade e a divulgação e partilha de recursos educativos desenvolvidos nas escolas. Esta iniciativa é promovida pelo Centro de Competência TIC da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (CCTICESE/IPS), através do seu projeto EDUSCRATCH, em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE) do Ministério da Educação, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Setúbal e o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. As inscrições já se encontram abertas mas os trabalhos só poderão ser submetidos entre 1 de fevereiro e 31 de maio de 2020. Serão premiados os três melhores projetos de cada nível de ensino. Para mais informações e inscrições deverá consultar o site oficial do concurso. |
A Astronomia da Próxima Geração | A sessão deste mês das Noites no Observatório terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
A palestra terá como tema A Astronomia da Próxima Geração, e será dada por José Afonso, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
A Astronomia da Próxima GeraçãoA Astronomia atravessa hoje uma época de ouro de novas descobertas. Mas a revolução tecnológica que se aproxima promete trazer ainda mais revelações. Novas Terras, buracos negros, o nascimento da primeira luz do Universo e talvez mesmo a descoberta de outras formas de vida – tudo parece estar já no horizonte… Que instrumentos levarão a próxima geração de cientistas a perceber muito mais do Universo do que percebemos agora? Conheça alguns dos protagonistas desta nova era, telescópios poderosos que prometem colocar-nos muito mais perto do inatingível… Pode ver ou rever a sessão em formato vídeo no canal do IA no YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=zMEtWEKQA6YNota Biográfica![]() |
A atmosfera inconstante de Plutão observada a partir de Constância | A mais de 3 mil milhões de quilómetros de distância do Sol, Plutão é já frio o suficiente, mas está a entrar agora no inverno e a sua ténue atmosfera vai desaparecer em geada. Pedro Machado partilhou com o programa Os Dias do Futuro, da Antena 1, os resultados de um trabalho de quatorze anos de estudo da atmosfera deste planeta anão. Este estudo utilizou a luz de estrelas ocultadas por Plutão como forma de sondar a sua atmosfera, e contou com a participação do IA através de observações realizadas a partir do observatório do Centro Ciência Viva de Constância. Pedro Machado lidera o grupo de investigação das atmosferas do Sistema Solar no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). É investigador do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). A atmosfera de Plutão Antena 1 - Os Dias do Futuro, 11 de maio de 2019 [audio mp3="https://cdn-ondemand.rtp.pt/nas2.share/wavrss/at1/1905/OsDiasdoFuturo017_5823653-1905111508.mp3"][/audio] |
À caça de exoplanetas com o TESS - Tiago Campante em entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias | Que planetas existirão em torno de estrelas brilhantes na vizinhança do sistema solar? Ajudar a descobri-los, e conhecer melhor essas estrelas, são dois dos objetivos do observatório espacial TESS, da NASA, no qual participa o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). Tiago Campante, do IA, falou ao Jornal de Notícias (ver vídeo) e à TSF (ouvir a entrevista) sobre esta missão e o trabalho de investigadores do IA na sua preparação e na utilização dos dados. Vídeo Portugueses ajudam NASA a encontrar novos planetas extra-solares Jornal de Notícias Áudio Um português à caça de planetas com a NASA TSF Tiago Campante é investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Universidade do Porto. |
A Ciência ao serviço do Desenvolvimento e da PazSessão especial Noite Europeia dos Investigadores 2017 |
No dia 30 de setembro de 2017, a sessão mensal das Noites no Observatório celebra a Noite Europeia dos Investigadores 2017, com um programa diferente do habitual.
Neste mês, excecionalmente, o Planetário abrirá as portas às 19:45.
Programa:
20:00 – 21:00 – Atividade "As estrelas nos bastidores do Cosmos";
21:30 – 23:00 – Palestra “A Ciência ao serviço do Desenvolvimento e da Paz”, por João Lin Yun, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA);
23:00 – 23:30 – Concerto “Do Big Bang aos Planetas”, pela banda Gravitational Waves Band
Em contínuo ao longo da noite, até às 00h30, decorrerão observações do céu com telescópios (condicionadas pelas condições meteorológicas).
As estrelas nos bastidores do CosmosConheça as pessoas que desafiam o Universo a revelar os seus segredos. Quais foram os seus sonhos de infância? Como é cada novo dia a caminho da sua próxima descoberta? Num pequeno grupo, receba a visita de investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, ouça as suas histórias e aproveite esta oportunidade rara para lhes colocar perguntas sobre o seu trabalho. No espaço de uma hora, converse com investigadores por pequenos períodos de 15 minutos. Atenção: esta atividade necessita de uma inscrição (gratuita) em separado.Concerto "Do Big Bang aos Planetas"Depois do sucesso do ano passado, a banda Gravitational Waves Band volta às Noites no Observatório. Com um novo projeto, no qual transporta o público numa viagem sonora de 14 mil milhões de anos, vai percorrer a história do Universo desde o Big Bang até ao nosso planeta Terra.A Ciência ao serviço do Desenvolvimento e da Pazpor João Lin Yun, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
Gerações de investigadores astrofísicos têm-se dedicado à tarefa de desvendar os enigmas do cosmos. Partilham depois com a Humanidade as suas descobertas e fascínio pelo Universo em que vivemos.
Ao contrário do que é costume pensar, muitas destas descobertas têm aplicações práticas e têm constituído um importante motor de desenvolvimento.
Como parte integrante de uma cultura universal, a Ciência pode unir pessoas, povos e civilizações. Desta forma, desempenha um papel a favor da paz e do desenvolvimento mais justo para todos os seres humanos.
Nota BiográficaJoão Lin Yun é professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. É doutorado em Astronomia e Física pela Universidade de Boston e tem-se preocupado com os aspectos humanos da Ciência. Para além do seu trabalho científico e pedagógico, é um apaixonado pelas manifestações culturais e sociológicas dos povos. Observa com curiosidade a espécie humana, cujo destino se tornou coletivo e global. |
A Ciência do CHEOPS | O CHEOPS é a primeira missão da Agência Espacial Europeia (ESA) dedicada ao estudo de planetas que orbitam outras estrelas que não o Sol. Quais os objetivos do telescópio espacial CHEOPS? O que é que ele irá observar?
Sérgio Sousa, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e membro da equipa científica da missão CHEOPS, explica como é que este telescópio espacial ajudará os cientistas a conhecer melhor os planetas já descobertos e a compreender a diversidade de sistemas planetários na nossa galáxia.
O IA tem uma participação ativa na missão CHEOPS, aguardando com expectativa os dados deste satélite para a ciência que será possível produzir com eles.
https://youtu.be/cfD87v4oR6M
Música: https://www.purple-planet.com, e Audionautix.com. |
A comunicação da Astronomia feita no IA esteve na maior conferência de sempre nesta área | O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) esteve representado na conferência Communicating Astronomy with the Public 2018, que decorreu no Japão entre 24 e 28 de março e acolheu cerca de 450 comunicadores de ciência de todo o mundo.![]() ![]() |
À conquista da Via Láctea, estrelas e sistemas planetários | A Universidade do Porto celebra em 2021 o seu 110º aniversário. Neste ano de celebrações inclui-se a rubrica "Fazedores do Futuro" e Tiago Campante, investigador do IA, foi a pessoa destacada no tema do "Espaço". Nesta entrevista, o Tiago explica-nos um pouco do seu percurso profissional e apresenta o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), instituição na qual desenvolve atualmente o seu trabalho. Também nos fala da sua investigação em áreas específicas: a oscilação das estrelas, os exoplanetas e a arqueologia galáctica, bem como da participação portuguesa em várias missões espaciais. Assista à entrevista completa aqui » https://www.youtube.com/watch?v=GMDqz4GAbus |
A Criar com Scratch! em 2019 | A Criar com Scratch! em 2019O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço alia-se novamente ao Centro de Competência TIC da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (CCTICESE/IPS) no Concurso Nacional de Programação “A Criar com Scratch!” Esta iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento de competências de programação, de raciocínio lógico, de resolução de problemas e de cooperação. Procura também estimular a atenção, a memória, a criatividade, o pensamento crítico, a autonomia e o relacionamento interpessoal contribuindo para o desenvolvimento das competências descritas no Perfil dos Alunos para Século XXI. A Criar com Scratch! pretende igualmente despertar o interesse pelas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, promovendo a literacia digital juntamente com a literacia em Astronomia. O concurso é dirigido a grupos de alunos do pré-escolar e ensino básico, de estabelecimentos de ensino públicos e privados de Portugal. Podem também participar grupos de alunos do mesmo ciclo de ensino que concorram acompanhados de um professor ou do Encarregado de Educação de um dos elementos do grupo. O concurso consiste na conceção e desenvolvimento de projetos elaborados em SCRATCH1. Tema do concurso: O SISTEMA SOLAR O concurso nacional de programação “A Criar com Scratch!” é uma iniciativa promovida pelo Centro de Competência TIC da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (CCTICESE/IPS) através do seu projeto EDUSCRATCH, em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE) do Ministério da Educação, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Setúbal e o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Os vencedores da edição de 2019 já foram selecionados. Poderá consultar a lista de vencedores aqui. Consultar o Regulamento. Visitar a Página do Projeto. Ver o Cartaz. 1. SCRATCH é uma linguagem de programação concebida especialmente para jovens e é disponibilizada gratuitamente. Ver mais informação aqui. |
À Descoberta de Outros Mundos | A sessão terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
À Descoberta de outros mundospor Sérgio Sousa, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
O Nobel da Física de 2019 foi parcialmente atribuído à descoberta do primeiro planeta extra-solar. Desde 1995 o número de planetas extra-solares tem vindo a crescer fortemente, mas mais do que o número de novos mundos na nossa galáxia, é a diversidade de planetas que existe e que implicam uma revolução nas teorias da formação e evolução de sistemas planetários.
Nesta sessão das Noites no Observatório, vamos descrever os métodos usados com mais sucesso pelos Astrónomos para detetarem e caracterizarem os planetas extra-solares. Como são detetados? O que podemos saber sobre estes planetas tão longe de nós? Será dado um foco especial à missão CHEOPS da agência espacial europeia que foi lançada em dezembro e está neste momento em fase final de testes antes de começar as observações cientificas.
Nota Biográfica
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A estrela de Belém | A sessão terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
A estrela de Belémpor Rui Agostinho, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Neste Natal, embarque numa viagem histórica que permitirá abordar cientificamente o que terá sido o fenómeno astronómico da Estrela de Belém. Serão apresentados e discutidos os textos bíblicos que referem este evento, enquadrando historicamente a provável data do nascimento de Cristo.
Ao longo desta palestra serão ainda mostradas simulações realistas do céu estrelado que os Reis Magos observaram.
Nota Biográfica![]() |
A evolução das galáxias segundo José Afonso | Especialista em galáxias, interessado em saber como surgiram as primeiras galáxias quando o Universo era ainda jovem, José Afonso investiga a luz rádio e raios X emitida por estas “cidades de estrelas”, sobretudo as que têm um buraco negro ativo no seu centro.Conheça o percurso pessoal e o entusiasmo pelo estudo do Universo deste investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), em entrevista a João Dias no podcast Caravela Cósmica, iniciativa produzida por estudantes do IA e de Ciências ULisboa. https://open.spotify.com/episode/1mSGxRONUbqjsclyDnEPnB Disponível no YouTube, Spotify e Apple Podcasts. Ouça também os outros episódios. |
A história de um planeta deformado | Não é redondo, também não é quadrado. É deformado, e parece uma bola de raguebi.“Com esta informação conseguimos saber como a matéria se organiza dentro do planeta, e determinar se tem um núcleo ou não.” Susana BarrosO que o fez assim, como foi possível descobrir isso, e o que diz aos astrónomos sobre a estrutura do seu interior, foi explicado por Susana Barros em dois programas na Antena 1, Os Dias do Futuro, e o 90 Segundos de Ciência. Os Dias do Futuro, Antena 1, 15 de janeiro, 2022 (a partir do min. 23:08) https://cdn-ondemand.rtp.pt/nas2.share/wavrss/at1/2201/PGM2200011200201_392441-2201181608.mp3 90 Segundos de Ciência, "Susana Barros – Astrofísicos identificam planeta com a forma de uma bola de rugby", 21 de março, 2023 https://www.90segundosdeciencia.pt/wp-content/uploads/2023/03/ep1517_Susana-Barros.mp3 [caption id="attachment_23632" align="alignright" width="298"] ![]() |
A História do Universo em 30 segundosSemana da Ciência e Tecnologia 2016 | A sessão deste mês das Noites no Observatório estará enquadrada na Semana da Ciência e da Tecnologia, promovida pela Ciência Viva. A sessão terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
A História do Universo em 30 segundospor Ciro Pappalardo, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).Nesta palestra vou começar por explicar como se desenvolveu, no início dos anos 20, todo o debate sobre a possibilidade da existência de um Universo fora da nossa “aldeia” chamada Sistema Solar. Foi um período atribulado, cheio de notícias contrastantes, e com novas ideias que despoletavam discussões sobre a teoria existente. Em resumo, um período com poucas certezas e muitas dúvidas e, portanto, muito interessante. Na segunda parte da apresentação, vou descrever o processo da evolução de galáxias a partir de novas imagens do Universo primordial. Com o acesso a novos instrumentos, estamos a investigar pela primeira vez aquilo que se passou logo após o início do tempo e da história do Universo. Finalmente vou terminar com alguns factos interessantes para o futuro de todos e resumir a história do Universo em apenas 30s. A consciência nunca pára de nos surpreender e espero que todos os presentes nesta palestra se sintam surpreendidos…Nota BiográficaCiro Pappalardo é originário de Sicília, no sul de Itália, e desde pequeno sempre desejou percorrer o mundo. Em pouco tempo, Ciro percebeu que na realidade o mundo é pequeno, tendo decidido assim estudar o Universo… que é verdadeiramente grande. Doutorado em Astronomia pela Universidade de Estrasburgo, trabalhou no Observatório Astrofísico de Arcetri, em Florença, onde estudou novos dados provenientes de um telescópio que o permitiram observar por uma janela nunca antes aberta. Afirma que foi uma boa experiência na terra de Dante Alighieri e de Girolamo Savonarola. Atualmente é investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), onde trabalha ativamente no estudo da formação e evolução de galáxias. Gosta de correr, todos os dias, pela Tapada da Ajuda e ouvir fado às 4 da manhã em Alfama. |
A imagem nunca antes vista | A primeira imagem direta de um buraco negro foi divulgada hoje, em sete conferências de imprensa simultâneas, pela iniciativa internacional Event Horizon Telescope (EHT).Esta é uma colaboração entre oito radiotelescópios espalhados pelo mundo e com um objetivo comum: criar um telescópio virtual do tamanho do planeta Terra capaz de observar a vizinhança imediata de um buraco negro super-massivo1. O objetivo foi alcançado e neste resultado histórico participou Hugo Messias, membro do observatório ALMA, um dos telescópios envolvidos no projeto EHT, e colaborador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), do qual foi investigador integrado até agosto de 2016. Observações simultâneas realizadas em abril de 2017 a partir de oito radiotelescópios tão distantes como Havai, Espanha ou Antártida, e cujos dados foram analisados durante dois anos, permitiram reconstituir a primeira imagem da silhueta de luz em torno de um buraco negro com 6,5 mil milhões de vezes a massa do Sol. Este monstro cósmico encontra-se a 55 milhões de anos-luz da Terra no âmago da maior galáxia do enxame de galáxias da Virgem, designada Messier 87. Esta é a primeira vez que é possível ver o chamado horizonte de acontecimentos2, o limiar daquilo que é possível fisicamente observar de um buraco negro. “Recentemente assistimos a mais um sucesso das previsões da relatividade geral de Einstein através da deteção de ondas gravitacionais emitidas pela colisão de buracos negros”, diz Hugo Messias. “Agora, estes resultados do projeto EHT comprovam-no a uma escala 300 milhões de vezes maior, nas condições de gravidade extrema perto de buracos negros super-massivos.” Saber mais »Notas
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A insustentável leveza do Universo | A sessão terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
A insustentável leveza do Universopor Nelson Nunes, do Instituto de Astrofísica e Ciências do EspaçoNeste mês, na sessão das Noites no Observatório, vamos descobrir quais são os truques e métodos pelos quais os investigadores medem as massas da Terra, do Sol e da Via Láctea. Vamos também saber que o Universo se expande cada vez mais rápido e que essa descoberta nos diz que apenas 5% do Universo é composto de matéria que nos é familiar. Pode ver ou rever a sessão em formato vídeo no canal do IA no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=5XaHCVg_zxYNota Biográfica![]() |
A insustentável leveza do Universo | Sessão por Nelson Nunes, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de LisboaRegisto vídeo da sessão Noites no Observatório de 27 de janeiro de 2018, no Planetário Calouste Gulbenkian - Centro Ciência Viva, Lisboa.Saiba como os astrónomos medem a massa dos planetas, das estrelas e de galáxias inteiras como a da nossa Via Láctea. Descubra também que o Universo se está a expandir cada vez mais rápido, e que essa descoberta nos diz que apenas 5% do Universo é de facto constituído por matéria que conhecemos do nosso dia-a-dia. https://www.youtube.com/watch?v=5XaHCVg_zxY |
A Lua...aqui tão perto | A sessão terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
A Lua... aqui tão pertopor Pedro Machado, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
Aqui tão perto, a Lua acompanha-nos sempre. Nas noites serenas de luar, é difícil imaginar que ela é o resultado de uma colisão cataclísmica, que a arrancou à Terra há 4,5 mil milhões de anos.
E se o nosso único satélite natural tiver sido determinante no advento da Vida na Terra, será que afinal lhe devemos também a nossa existência?
Hoje vive-se uma segunda “corrida à Lua”, e está a ser planeada uma colónia permanente para humanos na Lua. Porquê tanto interesse no nosso satélite natural? Porque, a primeira pegada deixada por Neil Armstrong há 50 anos foi o primeiro passo do salto para outros mundos: Marte… e mais além...
Nota Biográfica![]() |
A Música das Estrelas | A sessão deste mês das Noites no Observatório terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
A palestra terá como tema A Música das Estrelas, e será dada por Margarida Cunha, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
A Música das EstrelasO primeiro contacto com a astronomia é quase sempre através da observação das estrelas no céu, tão distantes e, aparentemente, tão iguais. Foi assim também comigo, quando era ainda muito pequenina! Hoje estudo a música que as estrelas produzem e, através dela, determino os seus tamanhos, as suas massas, idades, e os detalhes do seu interior. Nestas Noites no Observatório vou explicar como, a partir das ondas acústicas produzidas pelas estrelas, os astrónomos conseguem saber mais sobre a estrutura, dinâmica e evolução destes astros. Vou falar também das missões espaciais com programas dedicados a este campo de estudo, designado por sismologia estelar, e do envolvimento de Portugal nessas missões. Finalmente, vou concluir sublinhando o impacto que o estudo da música das estrelas tem em áreas da astronomia tão diferentes, como a caracterização de sistemas planetários descobertos em redor de outras estrelas, ou o estudo da nossa própria galáxia. Pode ver ou rever a sessão em formato vídeo no canal do IA no YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=2FF8tA7iTlMNota BiográficaMargarida Cunha licenciou-se em Física/Matemática Aplicada, em 1994, na Universidade do Porto. Daí seguiu para a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, onde se doutorou em 1999 com uma tese na área da sismologia de estrelas magnéticas. Atualmente é Investigadora Principal no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e líder do grupo “Origem e Evolução de Estrelas e Planetas”. Interessa-se particularmente pela física e dinâmica do interior das estrelas e procura avançar nessa área do conhecimento a partir da análise de dados sísmicos obtidos por satélites da NASA e da ESA. Participa regularmente em atividades de divulgação da ciência dirigidas a todos os tipos de público. |
A Música das Estrelas | Descubra o que a Música das Estrelas nos diz sobre a estrutura, a dinâmica e a evolução destes astros. Registo em vídeo da sessão por Margarida Cunha, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Universidade do Porto, nas Noites no Observatório de 29 de abril, 2017, no Planetário Calouste Gulbenkian-Centro Ciência Viva, em Lisboa. https://www.youtube.com/watch?v=2FF8tA7iTlM Encontre este e outros vídeos no canal do IA no YouTube. |
A Origem do Ano Bissexto | Artigo em parceria com a National Geographic Portugal
Em ano bissexto, conheça a origem deste conceito para contar o tempo e construir os calendários que utilizamos.Por Daniel Folha1 O que é um ano? Uma pergunta simples, com uma resposta aparentemente simples: um ano é a quantidade de tempo que a Terra demora a dar uma volta ao Sol. Mas como sabemos quando a Terra completa uma volta ao Sol? Para responder a esta questão é necessário escolher uma referência que nos permita realizar a medição. As estrelas longínquas, por estarem tão longe, podem ser consideradas como pontos fixos e por isso constituem-se como uma excelente escolha como referencial. Utilizando este referencial ficamos a saber que a Terra regressa à mesma posição ao fim de 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 10 segundos (365.25636 dias) de tempo solar médio. O ano assim determinado é designado por ano sideral. Continuar a ler no website da National Geographic Portugal »1. Daniel F. M. Folha é astrónomo no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e Professor Auxiliar Convidado no Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS/CESPU). |
A primeira imagem de um buraco negro | A primeira imagem direta de um buraco negro foi divulgada a 10 de abril pela iniciativa internacional Event Horizon Telescope (EHT). Neste resultado histórico participou Hugo Messias, membro do Observatório ALMA, um dos telescópios envolvidos no projeto EHT, e colaborador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), do qual foi investigador integrado até agosto de 2016.
Para ouvir
Entrevista Tarde Antena 1
Hugo Messias explicou à Antena 1 a importância desta imagem do buraco negro na galáxia Messier 87.
Antena 1, 10 de abril de 2019
“Tentamos esticar até ao máximo a teoria para perceber onde ela falha, e até agora a Relatividade Geral de Einstein ainda não falhou.” Hugo Messias, membro do Observatório ALMA e colaborador do IADesde janeiro de 2017 que Hugo Messias tem estado envolvido nas observações do buraco negro no coração da galáxia Messier 87, através do radiotelescópio ALMA, o maior observatório no conjunto das oito estações que constituem o Event Horizon Telescope, funcionando como a estação de referência. Ajudou no teste do sistema que permite ao ALMA trabalhar como uma só antena virtual de 73 metros de diâmetro, e participou também na preparação e execução das observações, assim como no tratamento e verificação dos dados. [caption id="attachment_13214" align="alignnone" width="752"] ![]() Créditos: ESO/C. Malin[/caption] “Aquilo que um astrofísico se habitou a ver no papel na forma teórica, aparece agora à frente dos seus olhos, e precisamente como estava previsto!” José Afonso, coordenador do IAEste “feito fenomenal” foi também explicado à TSF e ao Podcast P24 (jornal Público) por José Afonso, coordenador do IA e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Para ouvir
A primeira fotografia de um buraco negro, tal como Einstein sonhou
TSF, 10 de abril de 2019 (entrevista áudio no final da página)
Para ouvir
A fotografia que deu razão a Einstein (e mostrou um buraco negro)
Podcast 24 (Público), 11 de abril de 2019 (a partir de 1m 56s)
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À Procura de Novas Terras | A sessão deste mês das Noites no Observatório terá início com a palestra às 21:30. Após a palestra haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário. As observações astronómicas decorrerão em contínuo ao longo da noite, até às 24:00.
A palestra terá como tema À Procura de Novas Terras, e será dada por Pedro Figueira, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
À Procura de Novas TerrasVivemos uma época de grande atividade no estudo de exoplanetas. Desde a deteção do inóspito 51 Peg b, em 1995, descobrimos mais de 2000 planetas em torno de outras estrelas, planetas esses com uma gama de propriedades que desafiam tanto a imaginação como várias teorias científicas. Nesta palestra vou percorrer a história da deteção e caracterização de planetas extrassolares, desde o que aprendemos com os primeiros planetas às perguntas em aberto nos dias de hoje. Vou terminar com a discussão da procura de planetas com as mesmas propriedades da Terra, e a participação portuguesa naquela que é provavelmente a grande questão científica dos nossos tempos.Nota BiográficaPedro Figueira é Licenciado em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e doutorado em Astronomia pela Universidade de Genève, onde teve como supervisores Michel Mayor e Francesco Pepe. Atualmente é Investigador FCT no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, onde participa ativamente na procura de novos planetas. Especializou-se na aplicação do método das velocidades radiais ao infravermelho e desenvolve instrumentação e software para deteção de planetas de pequena massa. Para além da pesquisa científica, está fortemente envolvido em atividades de formação e de divulgação. Gosta de cerveja belga e de Lindy Hop. |
À Procura de Novos Mundos | Temos encontro marcado em sua casa, porque o Universo cabe dentro dela.
A pensar em si, preparámos uma série de eventos acessíveis através da internet sob o título O Universo Online.
O IA vai continuar a partilhar o Universo através de sessões online com diferentes formatos, como palestras e quizes. Nestas sessões todos estão convidados a colocar perguntas, responder a desafios e participar em jogos.
À Procura de Novos MundosHá 25 anos começou a revolução na procura de outros mundos fora do Sistema Solar. Com milhares de planetas entretanto descobertos, o que iremos descobrir no próximo quarto de século? Com a descoberta, em 1995, do primeiro planeta a orbitar uma outra estrela semelhante ao Sol, o 51 Pegasi b, descoberta premiada com o Nobel para a Física em 2019, começou a revolução na deteção e caracterização de outros mundos fora do Sistema Solar. Coloque as suas perguntas a investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) na linha da frente da procura de uma outra “Terra”. Qual foi o impacto desta primeira descoberta, como se descobrem e se tentam descrever hoje novos mundos, como é que Portugal contribui para esta demanda global, e o que se perfila para o futuro? A sessão deste mês de O Universo Online integra a programação da Noite Europeia dos Investigadores 2020.Transmissão em diretoAssista à transmissão em direto no canal do IA no YouTube. |
À Procura de Novos Mundos | Em mais uma sessão de "O Universo Online", os participantes colocaram as suas perguntas a Nuno Santos e Susana Barros, investigadores do IA, sobre a procura por uma outra “Terra”. Com a descoberta, em 1995, do primeiro planeta a orbitar uma outra estrela semelhante ao Sol, 51 Pegasi b, descoberta premiada com o Nobel para a Física em 2019, começou a revolução na deteção e caracterização de outros mundos fora do Sistema Solar. Com milhares de planetas entretanto descobertos, o que iremos descobrir no próximo quarto de século? A resposta a esta e muitas outras perguntas foi dada por investigadores do IA que estão na linha da frente desta demanda. Sessão moderada por João Retrê, do IA, e inserida na Noite Europeia dos Investigadores 2020. Veja este e outros vídeos no canal do IA no YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=mtqfZWs6EFM |
À procura de uma outra Terra | Temos encontro marcado em sua casa, porque o Universo cabe dentro dela.
A pensar em si, preparámos uma série de eventos acessíveis através da internet sob o título O Universo Online.
O IA vai continuar a partilhar o Universo através de sessões online com diferentes formatos, como palestras e quizes. Nestas sessões todos estão convidados a colocar perguntas, responder a desafios e participar em jogos.
À procura de uma outra TerraCom Pedro Figueira, do Observatório Europeu do Sul (ESO) e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Em 1995 foi detetado o primeiro planeta em torno de uma estrela semelhante ao Sol, descoberta que partilhou o Prémio Nobel da Física de 2019. Entre estas duas datas, a pesquisa de exoplanetas tornou-se um campo de investigação científica extremamente ativo, com milhares de planetas descobertos e centenas de investigadores em trabalho permanente. De que forma são detetados estes mundos distantes, e como se pode saber, apesar da distância, as suas características, e se alguns são parecidos com a Terra? Nesta sessão, conheça os principais métodos utilizados pelos astrónomos, o que já sabemos sobre estes planetas em órbita de outras estrelas, e a grande participação Portuguesa nesta aventura de procurar outras Terras.Transmissão em diretoAssista à transmissão em direto na janela em baixo. Se quiser participar e colocar perguntas, dirija-se ao canal do IA no YouTube. [embed width="752" height="423"]https://www.youtube.com/watch?v=_nqTPNPA2ZM[/embed] Esta e futuras sessões serão divulgadas e transmitidas também na página dedicada a O Universo Online. |
À procura de uma outra Terra | Em 1995 foi detetado o primeiro planeta em torno de uma estrela semelhante ao Sol, descoberta que partilhou o Prémio Nobel da Física de 2019. Entre estas duas datas, a pesquisa de exoplanetas tornou-se um campo de investigação científica extremamente ativo, com milhares de planetas descobertos e centenas de investigadores em trabalho permanente.
Com Pedro Figueira, do Observatório Europeu do Sul (ESO) e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), conheça a forma como são detetados estes mundos distantes, e como se pode saber, apesar da distância, as suas características, e se alguns são parecidos com a Terra.
Nesta sessão que decorreu online, são descritos os principais métodos utilizados pelos astrónomos, o que já sabemos sobre estes planetas em órbita de outras estrelas, e a grande participação Portuguesa nesta aventura de procurar outras Terras.
Registo em vídeo da quarta sessão da série O Universo Online, a 25 de julho, 2020. Veja este e outros vídeos no canal do IA no YouTube. [embed width="600"]https://www.youtube.com/watch?v=_nqTPNPA2ZM[/embed] |
À procura dos anéis que poderão destronar Saturno | O magnífico “Senhor dos Anéis” não está sozinho. Encontrados em locais e tamanhos mais humildes no Sistema Solar, os anéis poderão existir também em volta de mundos que orbitam outras estrelas. Mas como o poderemos saber?Artigo de Babatunde Akinsanmi1 em parceria com a National Geographic Portugal
Anéis no Sistema SolarQuando Galileu Galilei apontou o seu pequeno telescópio para Saturno em 1610, tornou-se na primeira pessoa a ver o que ele mais tarde, incorretamente, descreveu como duas pegas. Foi apenas em 1655, quando Christiaan Huygens, nos Países Baixos, observou com um telescópio maior, que as pegas foram interpretadas como sendo um anel fino e plano em volta do planeta, mas separado da sua superfície. Os anéis levantaram desde então questões interessantes e difíceis para os cientistas: Como e quando se formaram? Existem em volta de outros planetas? O que nos dizem sobre o seu planeta-anfitrião? A curiosidade científica sobre os anéis conduziu a várias observações. Estas revelaram que Saturno tem de facto um sistema de anéis, com muitos anéis separados por intervalos, e que são feitos de inúmeras partículas de gelo e rocha de tamanhos diversos. As sondas Voyager 1 e 2, da NASA, lançadas em 1977, descobriram depois a presença de anéis em torno dos outros planetas gigantes – Júpiter, Neptuno e Úrano – embora não tão extensos como os de Saturno. O aspeto interessante de que se deu conta a partir das observações dos anéis é que as propriedades destes variam de planeta para planeta. Saturno tem anéis densos que são brilhantes devido a partículas constituídas sobretudo por gelo de água, que é refletor, enquanto os anéis em volta de Úrano e Neptuno são finos e escuros e separados por amplas lacunas, e os de Júpiter são feitos de poeiras e são ténues. [caption id="attachment_21044" align="alignnone" width="700"]![]() Créditos: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute[/caption] A origem dos anéis é ainda um tema em debate. Poderão ter-se formado ao mesmo tempo que o seu planeta-anfitrião, ou como resultado de eventos disruptivos mais tardios, tais como a desintegração de luas, ou asteroides, devida a forças de maré, ou até serem material ejetado por luas, como parece ser o caso de anéis mais exteriores de Júpiter e Saturno. Num cenário de desintegração, um corpo mais pequeno a orbitar um planeta poderá migrar para mais perto deste, puxado pela interação gravitacional com o planeta. À medida que se aproxima, alcança uma distância ao planeta referida como o limite de Roche. Para lá deste limiar, o rápido aumento na intensidade da atração gravitacional fará com que um pequeno corpo, abaixo de uma certa densidade e com fraca gravidade própria, se desfaça sob a força de maré do planeta. Continuar a ler no website da National Geographic Portugal »
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A Revelação de Novos Mundos | Artigo em parceria com a National Geographic Portugal
Nos últimos 25 anos, descobriram-se milhares de planetas a orbitar outras estrelas na nossa galáxia. Com instrumentos cada vez mais sensíveis, quer em terra quer no espaço, estamos agora mais perto de saber se algum deles é parecido com a nossa Terra.Por Sérgio Sousa 1 Ao longo dos últimos séculos, o imaginário humano povoou-se de mundos distantes em órbita de outras estrelas que não o Sol. Inúmeros planetas e personagens em aventuras pela galáxia tornaram-se parte da memória coletiva, mas só em 1995 se confirmou que o Sol não é a única estrela a ter planetas por companhia. A descoberta do primeiro planeta em órbita de uma estrela semelhante ao Sol partilhou em 2019 o prémio Nobel da Física. Nos últimos 25 anos, os astrónomos já confirmaram a existência de mais de quatro mil planetas a orbitar outras estrelas na nossa vizinhança galáctica. No entanto, muitos destes planetas, chamados planetas extrasolares, ou exoplanetas, pouco se parecem com a família de planetas que orbitam o Sol. Por exemplo, a descoberta de planetas gigantes como Júpiter, mas a orbitar mais perto da sua estrela do que Mercúrio está do Sol, foi completamente inesperada. Continuar a ler no website da National Geographic Portugal »1. Sérgio G. Sousa é astrónomo no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Participa diretamente na missão CHEOPS, quer do ponto de vista de desenvolvimento tecnológico, quer do ponto de vista de exploração científica dos seus dados. É também atualmente o representante nacional no comité científico e técnico do Observatório Europeu do Sul (ESO). |
A turbulência no interior das estrelas torna-as “instrumentos musicais” | Os astrofísicos conseguem ultrapassar a barreira opaca da superfície das estrelas e “ouvir” o seu interior. A turbulência no interior das estrelas torna-as “instrumentos musicais”. Foi da “música” das estrelas, e da física que ela permite descobrir, que Margarida Cunha, do IA, falou no TEDx Campo Santana. https://www.youtube.com/watch?v=3fPcIysVHX4&t=1s |
A Via Láctea e outras Galáxias | IAstro Júnior é uma iniciativa do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da revista Visão Júnior especialmente concebida para jovens dos 7 aos 12 anos. Em cada sessão, três investigadores do IA partilham o seu fascínio pela Astronomia e Astrofísica em três apresentações curtas, simples e interativas. No final é aberto o diálogo num espaço de perguntas e respostas. Os participantes podem igualmente deixar perguntas que são posteriormente respondidas pelos investigadores do IA. Estas perguntas e respostas são publicadas na revista Visão Júnior ou no seu site. A sessão estreia IAstro Júnior é dedicada às galáxias. Vamos falar da nossa galáxia, a Via Láctea, e de outras galáxias. Vamos também descobrir o que é a poeira que existe nas galáxias e qual a sua importância. José Afonso, Sonia Antón e Ciro Pappalardo, investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, vão partilhar com o público presente as descobertas sobre este tema fascinante. |
A Vida das Estrelas | O que são estrelas? De que são feitas? De onde vem a sua luz? E o que ela nos diz? Margarida Cunha, João Lima e João Mário Monteiro, investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Universidade do Porto, vão responder a estas perguntas nesta sessão IAstro Júnior e estimular a curiosidade dos presentes para muitas mais! Em cada sessão IAstro Júnior, três investigadores do IA partilham o seu fascínio pela Astronomia e Astrofísica em três apresentações curtas, simples e interativas. No final das apresentações é aberto o diálogo num espaço de perguntas e respostas. Os participantes podem igualmente deixar perguntas que são posteriormente respondidas pelos investigadores do IA. Estas perguntas e respostas são publicadas na revista Visão Júnior ou no seu site. IAstro Júnior é uma iniciativa do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da revista Visão Júnior especialmente concebida para jovens dos 7 aos 12 anos. |
A vida turbulenta de dois buracos negros apanhados numa colisão galáctica | A mais detalhada imagem do material envolvendo dois buracos negros supermassivos numa galáxia em processo de fusão foi obtida com a colaboração de um investigador atualmente do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).Os astrónomos pensam que a colisão entre galáxias tem um papel fundamental na história da evolução destes enormes aglomerados de estrelas, gás e poeira. A fusão de galáxias, ao perturbar o movimento do gás de que são constituídas, provoca a produção de muitas novas estrelas num curto espaço de tempo, e aumenta a massa dos buracos negros supermassivos que existem nos seus centros. Para compreender este processo, é necessário conhecer em detalhe como se desenrola a aproximação e colisão futura dos buracos negros supermassivos no núcleo das galáxias originais. O gás frio e a poeira na galáxia NGC 6240, a 400 milhões de anos-luz, na constelação de Ofiúco, foi estudado1 por uma equipa internacional, de que faz parte Hugo Messias, atualmente investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), e que participou na obtenção da primeira imagem de um buraco negro divulgada pelo projeto Event Horizon Telescope em abril de 2019. “Este gás permite-nos estimar o crescimento no futuro próximo dos dois buracos negros supermassivos”, diz Hugo Messias, na altura membro do Observatório ALMA e que contribuiu para a criação da imagem e a interpretação dos dados. “Igualmente interessante é saber como é que o conjunto se está a mover. Podemos identificar componentes de gás a alta velocidade, fruto de explosões por exemplo, ou bolhas de gás.” Saber mais »Notas:
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