Investigadores descobrem “rasgão” gigante em Vénus

Disrupção nas nuvens de Vénus - Akatsuki

Padrões de disrupção das nuvens vistos em imagens no infravermelho obtidas pela sonda da agência espacial japonesa JAXA, a Akatsuki, em 2016. Créditos: Javier Peralta/JAXA-Planet C team

Nos céus carregados de Vénus, constituídos sobretudo por dióxido de carbono e nuvens de ácido sulfúrico, uma disrupção atmosférica gigante, ainda desconhecida em qualquer outra parte do Sistema Solar, desloca-se veloz a 50 quilómetros de altitude e passou despercebida durante pelo menos 35 anos. A sua descoberta é relatada num estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters.

“Com observações coordenadas (…) conseguimos detetar esta onda recorrente que dá a volta ao planeta à volta de 300 km/h e que demora mais ou menos cinco dias a voltar a estar no nosso campo de visão, olhando a partir da Terra.”
Pedro Machado

Este estudo, liderado pela agência espacial japonesa JAXA, teve a contribuição de Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa).

Pedro Machado explicou ao programa “E=mc2, da Rádio Observador, a importância desta descoberta e o porquê de só ter sido realizada agora.

Investigadores descobrem “rasgão” gigante em Vénus

E=mc2, Observador, 6 de agosto, 2020