Galáxias espirais. “Tudo o que sabíamos estava errado”

A galáxia NGC 4565 é um dos mais famosos exemplos de uma galáxia espiral vista lateralmente a partir da Terra, permitindo a clara observação do disco e de um bojo central de forte brilho amarelado. Crédito: ESO

A maioria das galáxias espirais é caracterizada por um disco, onde estrelas, gás e poeira se distribuem num padrão característico de braços espirais torcidos, e uma zona central brilhante, chamada bojo. Ao estudar como as galáxias se formam e evoluem, é essencial distinguir entre estes dois componentes. Isto representa um desafio científico e estudos anteriores assumiram tradicionalmente que o brilho do disco aumenta exponencialmente até ao centro galáctico.

“Geralmente pensa-se que não existe grande interação entre estas duas partes [bojo e disco]. O que este estudo vem mostrar é precisamente o contrário. Eventualmente, existe uma forte dinâmica entre estas duas partes (…), elas interagem e evoluíram sempre em conjunto desde o início da sua formação.” Iris Breda

Esta suposição comum é questionada num estudo publicado na revista Astronomy & Astrophysics e que tem como autores Iris Breda, Polychronis Papaderos e Jean Michel Gomes, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). 

Iris Breda esteve no programa “E=mc2, da Rádio Observador, no qual explicou o porquê deste estudo e quais as implicações desta descoberta para o que sabemos atualmente sobre a evolução de galáxias espirais.

Galáxias espirais. “Tudo o que sabíamos estava errado”

E=mc2, Observador, 27 de agosto, 2020