A Revelação de Novos Mundos

Conceção artística de um planeta pequeno e rochoso a transitar diante do disco da sua estrela-mãe.

Conceção artística de um planeta pequeno e rochoso a transitar diante do disco da sua estrela-mãe. Conhecer estes mundos, muitos deles sem exemplo no Sistema Solar, é essencial para compreender a formação e evolução dos sistemas planetários, incluindo o nosso. Créditos: ESA

Artigo em parceria com a National Geographic Portugal

Nos últimos 25 anos, descobriram-se milhares de planetas a orbitar outras estrelas na nossa galáxia. Com instrumentos cada vez mais sensíveis, quer em terra quer no espaço, estamos agora mais perto de saber se algum deles é parecido com a nossa Terra.

Por Sérgio Sousa 1

Ao longo dos últimos séculos, o imaginário humano povoou-se de mundos distantes em órbita de outras estrelas que não o Sol. Inúmeros planetas e personagens em aventuras pela galáxia tornaram-se parte da memória coletiva, mas só em 1995 se confirmou que o Sol não é a única estrela a ter planetas por companhia. A descoberta do primeiro planeta em órbita de uma estrela semelhante ao Sol partilhou em 2019 o prémio Nobel da Física.

Nos últimos 25 anos, os astrónomos já confirmaram a existência de mais de quatro mil planetas a orbitar outras estrelas na nossa vizinhança galáctica. No entanto, muitos destes planetas, chamados planetas extrasolares, ou exoplanetas, pouco se parecem com a família de planetas que orbitam o Sol. Por exemplo, a descoberta de planetas gigantes como Júpiter, mas a orbitar mais perto da sua estrela do que Mercúrio está do Sol, foi completamente inesperada.

Continuar a ler no website da National Geographic Portugal »


1. Sérgio G. Sousa é astrónomo no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Participa diretamente na missão CHEOPS, quer do ponto de vista de desenvolvimento tecnológico, quer do ponto de vista de exploração científica dos seus dados. É também atualmente o representante nacional no comité científico e técnico do Observatório Europeu do Sul (ESO).