O programa de Estágios de Verão IAstro, organizado pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e destinado a alunos do ensino universitário, teve este ano a sua segunda edição.
Decorreu entre 12 e 30 de julho e envolveu a realização de um projeto de investigação em astrofísica, cosmologia ou comunicação de ciência, bem como a participação em seis workshops de comunicação de ciência e num seminário final, no qual os trabalhos desenvolvidos foram apresentados.
Em formato online, devido à atual situação de pandemia, contou com 63 participantes, de diversas universidades nacionais e internacionais: Lisboa, Porto, Coimbra, Minho, Beira Interior, Aveiro, Nottingham, Leipzig, Turim, Madrid e São Paulo. Apesar de a maioria dos participantes estar a frequentar cursos de Física e Engenharia Física, o programa também contou com estudantes de Química, Matemática Aplicada, Engenharias Aeroespacial e Aeronáutica, Engenharias de Telecomunicações, Electrotécnica e de Computadores e Ciência Computacional, que puderam assim alargar os seus horizontes e beneficiar da interdisciplinaridade da Astronomia.
“Uma ótima oportunidade de pôr o pezinho na água em relação à investigação, conhecer pessoas novas e melhorar a comunicação, que é fundamental para um investigador.” Participante anónimo
Nesta edição de 2021, o IA apresentou uma variada oferta de projetos. Desde o estudo de planetas dentro e fora do Sistema Solar à asterosismologia e formação de estrelas, da identificação e caracterização de galáxias e buracos negros, ao estudo da radiação cósmica de fundo, foram 19 projetos no total, orientados por 24 investigadores e comunicadores de ciência do Instituto.
De destacar a grande qualidade dos trabalhos desenvolvidos, alguns a representarem contribuições para futuras publicações, e o impacto positivo na perceção dos participantes em relação ao IA, ao trabalho de investigação em astrofísica e cosmologia e à importância da comunicação na ciência. Mais de 70% dos participantes revelaram interesse em seguir uma carreira em investigação na área e 55% gostariam de o fazer no IA.