Ouvir o Universo

Ilustração das ondas gravitacionais produzidas por um binário de buracos negros.

Ilustração das ondas gravitacionais produzidas por um binário de buracos negros. Os buracos negros são tão densos que não emitem qualquer luz e, por isso, não os podemos ver. Mas as perturbações que geram no espaço-tempo podem chegar até nós.
Créditos: Henze/NASA

Artigo em parceria com a National Geographic Portugal

Vimos durante milénios um filme mudo do Universo – a cores, é certo! Com as ondas gravitacionais começámos finalmente a ouvi-lo também.

Por Lara Sousa1

Foi com os nossos olhos que começámos a conhecer o mundo que nos rodeia, mas o que nos mostram nunca foi suficiente. Construímos telescópios que nos alargaram o horizonte, mas só nos mostraram que havia mais para ver. Alargámos o espectro da nossa visão para lá da luz visível – às ondas rádio, aos infravermelhos, aos raios ultravioleta, X e gama – e a cada nova frequência houve novas coisas para ver.

Construímos a nossa ideia do Universo vendo-o. Mas a 11 de Fevereiro de 2016 foi anunciado ao mundo que, depois de dezasseis anos à escuta, o observatório de ondas gravitacionais LIGO (Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory) tinha finalmente ouvido algo. Ficou assim inaugurada a era da Astronomia de ondas gravitacionais, e há muito sobre o Universo que está prestes a ser revelado.

Continuar a ler no website da National Geographic Portugal »


  1. Lara Sousa é investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e membro do Consórcio da missão LISA desde 2014. É investigadora principal do projecto “À procura de cordas cósmicas e outros defeitos topológicos com ondas gravitacionais”.