Tecnologia para detetar ondas gravitacionais tem participação do IA

LISA

Configuração da bancada óptica do LISA. Créditos: AEI/MM/exozet

Um consórcio internacional, de que faz parte o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), está a definir e a produzir um protótipo das cabeças de laser de elevada potência que irão integrar cada uma das três naves da missão LISA, da ESA

O nível de estabilização dos feixes laser é crítico para a missão LISA1 pelo facto de as naves estarem distantes entre si de dois milhões de quilómetros e pela elevada exatidão exigida na medição dessa distância. O feixe laser emitido por uma das naves chega à outra tão atenuado que é impossível refleti-lo de volta. A solução consiste em enviar uma réplica do feixe recebido, produzida com um segundo laser e sintonizada com aquele, o que obriga a um nível de estabilização muito elevado.

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Notas:

  1. O LISA será um observatório espacial com o objetivo de detetar ondas gravitacionais, contrações e expansões periódicas na curvatura do espaço-tempo geradas pelo movimento de corpos com massa. Estas ondas produzem alterações na distância entre dois objetos, como por exemplo duas naves no espaço. A medição de ondas gravitacionais permite obter informação direta sobre o movimento dos corpos massivos que lhes deram origem, tais como buracos negros.
    O conceito do LISA baseia-se na medição das diferenças de fase entre dois feixes laser emitidos e recebidos por três naves que formam um triângulo equilátero cujos lados medem dois milhões de quilómetros.