Ciclo de conversas com os pés assentes em Marte
As razões para enviar missões tripuladas a Marte e os desafios que elas colocam serão tema para um ciclo de conversas com investigadores, coproduzido pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier e o Centro Cultural de Belém.
Após décadas de sucessos, fracassos e muita determinação, o sonho de ter os pés bem assentes em Marte é uma ficção cada vez mais real. MARTE 2030 é um ciclo de quatro conversas em interação com o público em que investigadores vão falar sobre a possibilidade de vivermos no planeta vermelho. É uma coprodução do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa (ITQB-NOVA1) e do Centro Cultural de Belém (CCB).
As sessões terão lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, entre outubro deste ano e janeiro de 2019. As conversas serão temáticas, cobrindo o leque de questões que se levantam quando consideramos deixar o nosso planeta de origem e testar a resistência humana numa viagem tão longa, tão longe como nunca antes, e a um ambiente tão inóspito como Marte.
Cada sessão junta dois investigadores convidados que irão responder a perguntas colocadas pelo público e moderadas por conhecidos jornalistas de ciência. Às conversas seguem-se observações astronómicas com telescópios, caso as condições meteorológicas o permitam.
“É uma oportunidade para discutirmos os motivos que levam à necessidade e pertinência de viagens tripuladas no Espaço, com o exemplo de Marte. É também uma forma de divulgarmos algum do trabalho feito em astrofísica e nas ciências do espaço em Portugal e como isso se articula com as restantes ciências”.
João Retrê, coordenador do grupo de comunicação de ciência do IA e cocoordenador deste ciclo Marte 2030
“A Ciência é um processo colaborativo e de grande cooperação entre diferentes grupos de investigação, mas para isso acontecer é fundamental que haja diálogo entre diferentes áreas – como a biologia e a astrofísica. Se calhar à primeira vista podem não ter nada em comum, esperamos com este ciclo mostrar muito claramente que assim não é.”
Joana Lobo Antunes, coordenadora do grupo de comunicação de ciência do ITQB-NOVA e cocoordenadora do ciclo,
Programa do ciclo
13 de outubro – Vida em Marte
A pesquisa de vida em Marte e as razões que nos motivam a enviar missões tripuladas ao quarto planeta do Sistema Solar.
Zita Martins, do Instituto Superior Técnico, e Adriano Henriques, do ITQB-NOVA
17 de novembro – Ir para Marte
Os desafios tecnológicos e fisiológicos que será necessário ultrapassar nesta pioneira viagem, na estadia e no regresso.
Rui Agostinho, do IA e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), e Pedro Fevereiro, do ITQB-NOVA e FCUL
15 de dezembro – Sobreviver em Marte
As formas de sobreviver em Marte, desde a produção de alimentos ao consumo de recursos materiais e energéticos.
Pedro Machado, do IA e FCUL, e Isabel Abreu, do ITQB-NOVA
12 de janeiro, 2019 – Para além de Marte
Antecipação do futuro, de que esta aventura poderá ser apenas o primeiro passo, com possíveis destinos no horizonte, onde se incluem os exoplanetas, dos quais já se descobriram milhares.
Nuno Santos, do IA e Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e Ricardo Louro, do ITQB-NOVA
O ciclo MARTE 2030 decorre sempre a um sábado, entre as 21h00 e as 23h00, na Sala Luís de Freitas Branco, no CCB. Serão cobradas entradas de valor simbólico (€ 2,5) para cobrir os custos de utilização do espaço, com uma opção ainda mais económica por sessão no caso da aquisição do bilhete para o ciclo completo (€ 8).
Consulte a informação também no website do CCB »
Notas:
1. O Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB-NOVA), em Oeiras, é um instituto de investigação e formação avançada da Universidade Nova de Lisboa. Tem como missão fazer investigação científica e promover formação avançada em Ciências da Vida, Química e Tecnologias associadas, para benefício da saúde humana e do ambiente. Tem um gabinete dedicado à promoção da cultura científica e à divulgação da ciência ali produzida.