Num artigo, publicado online na revista Nature, uma equipa internacional, que inclui o investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Jarle Brinchmann, descreve o rastreio espectroscópio que realizou à região do céu conhecida como Campo Ultra Profundo do Hubble (HUDF).
Nesta região foi detetada uma abundância inesperada de emissão do tipo Lyman-alfa1, que preenche todo o campo de visão. Isto levou a equipa a extrapolar que o céu estará preenchido com um brilho invisível de emissão Lyman-alfa, emitida no início do Universo.
Notas:
- A radiação de Lyman-alfa é produzida quando eletrões no átomo de hidrogénio decaem do segundo nível para o primeiro nível de energia. A quantidade de energia perdida é libertada sob a forma de radiação com um comprimento de onda específico, na banda do ultravioleta. Devido ao desvio para o vermelho, resultante da velocidade de afastamento destas galáxias distantes, a radiação de Lyman-alfa das galáxias observadas pelo MUSE é observada na banda do visível ou do infravermelho próximo.