Para além de Portugal, da Terra… e de 2020

Imagem artíConceção artística do telescópio Arielstica do satélite Ariel

Conceção artística da missão Ariel, da ESA, que tem por objetivo estudar a natureza das atmosferas de cerca de 1000 planetas em órbita de uma variedade de tipos de estrelas. Crédito: ESA/STFC RAL Space/UCL/Europlanet-Science Office

Artigo em parceria com o SAPO TEK

A conjuntura de 2020 afetou fortemente a Ciência, mas ainda assim, apesar do encerramento temporário de observatórios e a suspensão de muitas das atividades científicas, a Astronomia continuou a ver mais longe e a sondar mais profundamente os mistérios do Universo. E os investigadores portugueses continuaram a dar provas da excelência a que nos têm habituado.

Perto de nós, as nuvens de Vénus foram notícia mais de uma vez durante este ano. Para além da anunciada, mas ainda não confirmada, descoberta de fosfina, um composto potencialmente indicador da presença de microorganismos, foi também revelada uma disrupção atmosférica de longa data e à escala planetária nas nuvens baixas do planeta, algo nunca antes observado no Sistema Solar. Anunciada pela Agência Espacial Japonesa (JAXA) e pela NASA, esta investigação contou com a colaboração do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

A descoberta e caraterização de planetas que orbitam outras estrelas – os exoplanetas – marcou 2020 com a confirmação de que um planeta parecido com a Terra orbita a estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri. Esta espantosa revelação foi apenas possível com a sensibilidade do ESPRESSO, um instrumento instalado no Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, e cuja construção teve mão portuguesa através do IA.

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Texto do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) com contribuições dos investigadores Vardan Adibekyan, José Afonso, Alexandre Cabral, Francisco Lobo, Polychronis Papaderos, Sérgio Pereira, Filipe Pires, João Retrê e Nuno C. Santos.