Objetivos
A visão principal do SKIES prende-se com contribuir de forma positiva para uma formação inovadora e orientada para a empregabilidade nos programas doutorais em astronomia. Assim, o SKIES pretende:
- Desenvolver, implementar e avaliar um programa de formação para doutorandos que reduza o fosso ao nível de competências em ciência aberta e empreendedorismo, entre a investigação académica e o mercado de trabalho fora da academia;
- Estabelecer colaborações duradouras entre a academia e agentes de inovação e empreendedorismo para melhorar o conhecimento, visibilidade e desenvolvimento de competências permitindo melhores escolhas de carreira da parte de doutorados;
- Desenvolver e implementar um esquema de avaliação para o impacto inicial do SKIES, criando uma base de informação sobre pós-graduados e as suas condições de emprego.
Alcance
Pretende-se que a formação SKIES chegue a todos os estudantes de doutoramento em Portugal nas áreas da astrofísica e cosmologia, podendo ser alargada a estudantes de áreas afins como a física, matemática, engenharias e ciência de dados.
A formação promovida em 2022 contou com 23 participantes: um pós-doutorado, um mestre e 21 estudantes de doutoramento.
De acordo com alguns estudos (Royal Society, 2010; Harris, 2012; NSF, 2018; Hankel, 2019), apenas 10% dos atuais estudantes de doutoramento irão prosseguir uma carreira na academia. As razões para tal são várias, mas a precariedade da carreira em investigação científica desempenha um papel preponderante.
Para garantir a transferência das competências adquiridas como investigadores para o mercado de trabalho fora da academia, e promover a inovação e o avanço científico e tecnológico na Europa, surge o SKIES.
O projeto internacional SKIES – SKilled, Innovative and Entrepreneurial Scientists (Cientistas Empreendedores, Inovadores e Competentes) pretende dar formação em empreendedorismo, inovação e ciência aberta a estudantes de doutoramento e pós-doutorados. É coordenado pela Universidade de Leiden, nos Países Baixos, e envolve parceiros nos Países Baixos, Alemanha, Polónia, África do Sul e Portugal. O IA é o parceiro português do consórcio.
No âmbito do SKIES, elementos de todos os países receberam formação nas áreas de ação do projeto, que lhes permitiu desenvolver e implementar programas de formação adaptados às suas realidades e estudantes nacionais.
O programa de formação em Portugal, promovido pelo IA, envolveu quatro sessões online e dois dias presenciais em Coimbra. Os temas abordados, definidos com base num inquérito prévio feito a estudantes de doutoramento, foram o empreendedorismo e as competências de um empreendedor, a ciência e a indústria em Portugal, as competências de um investigador versus as competências procuradas pela indústria, como desenvolver uma ideia e plano de negócio, ciência aberta, propriedade intelectual, comunicação de ciência e o mercado de trabalho associado ao espaço.
A formação desenvolvida pelo IA contou com o apoio de várias instituições e empresas portuguesas dos setores do espaço e inovação, nomeadamente a Portugal Space, Instituto Pedro Nunes, UCBusiness, Present Technologies, Deimos Engenharia, e LOAD e com a valiosa contribuição e partilha de vários astrofísicos que seguiram carreiras fora da academia.
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Website:
https://www.groundstation.space/project-skies/
Âmbito:
Internacional
Coordenação:
Universidade de Leiden (Países Baixos)
Coordenação nacional
Catarina Leote (Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)
Parceiros:
Erasmus Centre for Entrepreneurship e Stichting DotSPACE (Países Baixos)
Max Planck Institute for Astronomy (Alemanha)
Polish Astronomical Society (Polónia)
Universidade de Cape Town (África do Sul)
Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (Portugal)
Financiamento:
Este projeto foi financiado pela União Europeia, ao abrigo do programa Horizonte 2020 (grant agreement ID: 101006212).