Uma equipa europeia, que incluiu Jarle Brinchmann, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), descobriu um remanescente de Nova, que ocorreu há cerca de 2000 anos no enxame globular de estrelas M22, situado a 9 785 anos-luz na direção da constelação do Sagitário. Esta descoberta foi aceite para publicação na revista Astronomy & Astrophysics.
Segundo Jarle Brinchmann (IA e Universidade do Porto): “Quando comparados com a duração de uma vida humana, a maioria dos eventos astronómicos têm durações demasiado longas. Por isso é excitante ter conseguido usar o inovador instrumento MUSE para encontrar os restos da explosão de uma estrela, da qual há registos históricos.”
Uma Nova é uma explosão de hidrogénio na superfície de uma estrela, que faz aumentar o seu brilho. O gás remanescente forma uma nebulosa brilhante, que neste caso foi observada perto do centro do enxame globular M22, pelo instrumento MUSE, instalado no VLT (ESO). A localização desta Nova coincide com registos de observações efetuadas por astrónomos chineses no ano 48 a.C.