Uma equipa internacional, que inclui o investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Vardan Adibekyan, descobriu uma maneira de estimar os locais de nascimento das estrelas na nossa galáxia, a Via Láctea. O artigo foi publicado hoje na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
A equipa usou uma amostra de cerca de 600 estrelas na vizinhança solar, observadas com o espectrógrafo de alta resolução HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros do ESO, no observatório de La Silla (Chile). Graças à caracterização muito precisa da massa e da metalicidade1 destas estrelas, em grande parte já anteriormente efetuada por investigadores do IA nas estrelas onde se sabe existirem exoplanetas, a equipa descobriu que as estrelas nasceram espalhadas por todo o disco galáctico, com as mais antigas a migrarem das zonas mais interiores do disco.
Notas
- Em astronomia, os elementos que não são hidrogénio e hélio são vulgarmente designados “metais”. A metalicidade de uma estrela refere-se à quantidade de “metais” que existem na sua composição.