Exoplaneta observado diretamente pela primeira vez

Imagem artística do exoplaneta 51 Pegasi b

Imagem artística do exoplaneta 51 Pegasi b (Crédito: ESO/M. Kornmesser/Nick Risinger)

Uma equipa internacional, liderada pelo investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Jorge Martins, conseguiu detetar diretamente o espetro1 da luz refletida pela atmosfera do exoplaneta 51 Pegasi b.

Numa nova técnica2, que utiliza o espetro da estrela como um modelo para procurar um sinal similar refletido pelo planeta, torna possível determinar a sua massa e inclinação da órbita, parâmetros fundamentais para o estudo dos exoplanetas. Permite ainda estimar a refletividade do planeta, um parâmetro que permite calcular a composição do planeta e da sua atmosfera.

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Notas:

  1. Um espetro resulta da decomposição da radiação eletromagnética (em sentido lato, a “luz”) emitida por um objeto, nas várias frequências (ou cores) que a constituem. Os espetros apresentam riscas, que funcionam como a “impressão digital” dos elementos que compõem o objeto observado. A mais conhecida manifestação deste fenómeno é a decomposição da luz branca do Sol nas suas cores constituintes, para formar o arco-íris.
  2. O artigo “Evidence for spectroscopic direct detection of reflected light from 51 Peg b” foi publicado no último número da revista Astronomy & Astrophysics.