Pensa-se que a formação e o crescimento da maioria das galáxias ao longo da história do Universo terão sido alimentados por buracos negros aninhados no seu próprio centro. Estes cresceram em conjunto com a sua galáxia anfitriã à medida que foram acumulando matéria até atingirem milhões de massas solares. Capturar as fases iniciais destes objetos extremos está entre as missões de futuros potentes telescópios, mas qual será o retorno da sua caçada?
Uma nova e abrangente estimativa é agora apresentada num estudo liderado por investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). Este estudo prevê o número de galáxias muito jovens com atividade de buracos negros supermassivos no seu núcleo que deverão ter existido quando o Universo tinha menos de sete por cento da sua idade atual, e que estão ao alcance de futuros telescópios nos raios X e no rádio já em desenvolvimento.
Os resultados poderão orientar os planos de observação mais eficazes para o Square Kilometre Array (SKA) e para o observatório espacial nos raios X Athena, da ESA. Ambas as infraestruturas serão usadas para perscrutar o mesmo período na história do Universo profundo investigado neste estudo.