A missão espacial Euclid, da Agência Espacial Europeia (ESA), é lançada em julho de 2023 e irá embrenhar-se nos últimos 10 mil milhões de anos de história do Universo. O seu principal objetivo é compreender porque é que o Universo se está a expandir de forma acelerada.
Portugal participa no Consórcio Euclid desde 2012. O que é a missão Euclid e como é que a comunidade científica portuguesa contribuiu?
Vídeo apresentado por Ismael Tereno, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, membro do Grupo de Coordenação do Consórcio Euclid e líder da equipa de apoio às operações do rastreio.
A maior parte do Universo é feita de ingredientes ainda desconhecidos: a matéria escura e a energia escura, duas incógnitas nas atuais cosmologia e física fundamental.
O telescópio espacial Euclid irá estudar o lado escuro do Universo através de dois métodos: o desvio da trajetória da luz provocado pela matéria no Universo, e a aglomeração de galáxias. Em conjunto, estes dois métodos irão permitir medir a geometria do Universo e ajudar a esclarecer de que é que este é feito.
O telescópio espacial Euclid vai observar durante seis anos mais de um terço do céu e permitirá construir o mais vasto e exato rastreio tridimensional do Universo alguma vez realizado.
O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) têm tido um papel central no grupo de rastreios da missão, tendo produzido o software que gera o cronograma das orientações do telescópio no espaço e os tempos de observação para o calendário da missão.