Estudantes de todo o globo participaram nos estágios de verão IAstro

Grupo de estudantes participantes no programa de estágios de verão IAstro, segurando um cartaz com as três palavras que melhor descrevem a sua experiência no programa. Imagem capturada no final do seminário final.

Com um número recorde de candidaturas, os estágios de verão do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço decorreram durante o mês de julho.

O programa de estágios de verão IAstro 2022 teve a sua terceira edição de 11 a 29 de julho. Durante três semanas, estudantes de licenciatura e mestrado de todo o mundo, das áreas da física, engenharias, matemática, ciência de dados e pedagogia, desenvolveram projetos de investigação em astrofísica, cosmologia e comunicação de ciência. 

Sob a orientação de investigadores e comunicadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA1), os estudantes participaram em 21 projetos diferentes. Estes incluíram, entre outros, o estudo da composição e origem de exoplanetas, a caracterização e classificação de galáxias com recurso a inteligência artificial (machine learning), a viabilidade do uso de buracos de verme (wormholes) para viagens interestelares, e até um “teeny tiny telescope” (telescópio muito pequenino), pensado como atividade prática para crianças no Planetário do Porto – Centro Ciência Viva.

Os estágios, que decorreram num formato híbrido (online e presencial), receberam quase duzentas candidaturas, vindas de países como Portugal, Brasil, Moçambique, Itália, Grécia, Índia, Bolívia ou México. Devido à elevada procura, só foram selecionados cerca de 1/3 dos participantes, de nove nacionalidades diferentes. 

O programa incluiu também três oficinas em comunicação de ciência, orientadas pelo Grupo de Comunicação de Ciência do IA, nos quais os estudantes puderam aprender sobre o envolvimento do público com a ciência (Public Engagement with Science), comunicação oral e comunicação visual, “soft skills” vitais para estes futuros investigadores.

“O estágio realmente alargou o meu horizonte de conhecimento e deu-me uma plataforma para fazer contactos na minha área de estudo. As oficinas de comunicação de ciência ensinaram-me coisas que nunca tinha considerado ao comunicar a minha ciência com outros. Em suma, tive uma experiência maravilhosa, interessante e enriquecedora nos estágios IAstro 2022.”

No seminário final, os alunos apresentaram os trabalhos desenvolvidos, onde o espírito de partilha e entreajuda criado, assim como a qualidade dos trabalhos, confirmou como a ciência é um esforço global, verdadeiramente sem fronteiras.

“O intercâmbio com pessoas de culturas diferentes enriquece a experiência para além do objetivo científico do projeto. A investigação permite interligar pessoas de todo o mundo e estes estágios são de facto um exemplo”
Noemi Frusciante, orientadora de dois projetos e atual colaboradora do IA

Como membro do Grupo de Comunicação de Ciência e coordenadora do programa, foi para mim gratificante ver o empenho dos estudantes nas suas apresentações finais, tanto ao nível do conteúdo científico, como da qualidade das suas comunicações, fazendo uso da aprendizagem feita nas oficinas de comunicação de ciência.


Notas

  1. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é a instituição de referência na área em Portugal, integrando investigadores da Universidade de Lisboa, Universidade de Coimbra e Universidade do Porto, e englobando a maioria da produção científica nacional na área. Foi avaliado como “Excelente” na última avaliação de unidades de investigação e desenvolvimento organizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). A atividade do IA é financiada por fundos nacionais e internacionais, incluindo pela FCT/MCES (UIDB/04434/2020 e UIDP/04434/2020).

Contactos (Grupo de Comunicação de Ciência)
Catarina Leote, Ricardo Cardoso Reis; Sérgio Pereira; Filipe Pires (coordenação, Porto); João Retrê (coordenação, Lisboa)