Astrónomos observam uma alforreca cósmica

Imagem composta da galáxia ESO 137-001 e seus arredores. A galáxia no ótico foi observada pelo Telescópio Espacial Hubble; os tentáculos que mostram correntes de hidrogénio (zonas violeta) foram observados pelo instrumento MUSE montado no VLT (ESO); as regiões brilhantes indicadoras da emissão de monóxido de carbono (zonas alaranjadas), foram observados pelo ALMA. Esta foi a imagem da semana do ESO a 30 de setembro 2019. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), P. Jachym (Czech Academy of Sciences) et al.

Uma equipa internacional, com a participação de um investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), usou dados do radiotelescópio ALMA para produzir um mapa detalhado da cauda de gás da galáxia ESO137-001.

Uma equipa internacional, que conta com a participação do investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Tom Scott, recorreu ao Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), para observar os “tentáculos” de gás da galáxia espiral ESO 137-001.

No visível, a galáxia parece uma espiral normal, mas quando observada na banda do submilimétrico com o ALMA (ESO) revela tentáculos de gás, que fazem o conjunto parecer uma autêntica alforreca.

Os tentáculos são estruturas compactas de gás CO (monóxido de carbono), com uma massa correspondente a mil milhões de sóis. Têm mais de 195 mil anos-luz de comprimento (quase o dobro do diâmetro da Via Láctea) por cerca de 80 mil anos-luz de largura.

Terão sido formados por varrimento do gás por pressão dinâmica1. Conforme esta foi atravessando o meio intergaláctico a alta velocidade, o meio intergaláctico do enxame de galáxias do Esquadro, o seu gás foi sendo arrancado.

Saber mais »


Notas:

  1. A pressão dinâmica é a pressão exercida num corpo que se move dentro de um fluido, com este último a provocar um arrasto ou varrimento do gás do corpo. Neste caso, é o gás da galáxia a sofrer o arrasto provocado por estar a atravessar o meio intergaláctico do enxame de galáxias do Esquadro.