Um ESPRESSO para novos mundos

Os quatro telescópios do VLT

Os quatro telescópios do VLT, no Observatório do Paranal, Chile. O ESPRESSO irá receber a luz conjunta recolhida pelos quatro telescópios. Créditos: ESO/B. Tafreshi (twanight.org)

Após perto de dez anos de planeamento e construção, o espectrógrafo ESPRESSO, instrumento de alta resolução que irá permitir descobrir exoplanetas semelhantes à Terra, vai ser agora instalado no Very Large Telescope (VLT), do ESO, no Chile. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), pela sua forte participação no consórcio1, terá acesso privilegiado à exploração científica deste instrumento.

O espectrógrafo ESPRESSO permitirá, em particular, decompor e analisar a luz proveniente de estrelas e, com esta informação, medir a velocidade com que as estrelas se aproximam ou se afastam de nós. Com o nível de precisão do ESPRESSO, capaz de medir uma variação de velocidade inferior a um quilómetro por hora, será possível medir o movimento induzido na estrela pela influência gravítica de um planeta tão pequeno como a nossa Terra. Conseguir-se-á também determinar a massa do planeta. Espera-se ainda que os dados permitam, em certos casos, identificar elementos químicos presentes na sua atmosfera.

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1. O ESPRESSO está a ser concebido e construído por um consórcio constituído por: Observatório Astronómico da Universidade de Genebra e Universidade de Berna, Suíça; INAF-Osservatorio Astronomico di Trieste e INAF-Osservatorio Astronomico di Brera, Itália; Instituto de Astrofísica de Canarias, Espanha; Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Universidades do Porto e Lisboa, Portugal; e ESO.