Sete países, entre os quais Portugal, membros fundadores do Square Kilometre Array (SKA)1, o futuro maior radiotelescópio do mundo, assinaram hoje em Roma o tratado para o estabelecimento da organização intergovernamental2 responsável pela sua execução e operação.
O SKA é um dos mais ambiciosos projetos de investigação alguma vez concebidos e o exemplo de uma iniciativa científica de larga escala que congrega países de quatro continentes. Representando o nosso país, o Ministro para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, coroou com a sua assinatura a participação ativa de Portugal no SKA, tanto ao nível da investigação científica como da indústria nacionais.
Segundo José Afonso, coordenador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA): “O IA tem participado ativamente na definição da ciência que o SKA vai realizar, trazendo a experiência em radioastronomia resultante tanto da participação do IA nos chamados percursores do SKA, o Australian Square Kilometre Array Pathfinder (ASKAP) e o telescópio MeerKAT na África do Sul, como enquanto Centro de Competências Português para o radiotelescópio ALMA (PACE)”. Através deste centro, desde 2014 que o IA tem vindo a aumentar de forma surpreendente a competência no nosso país em radioastronomia.
Notas:
- O Square Kilometre Array é uma iniciativa internacional para construir o maior radiotelescópio do mundo. Não se trata de um único telescópio, mas de um conjunto de telescópios espalhados por uma grande área. Será construído na Austrália e na África do Sul, com expansões posteriores em ambos os países e noutros países africanos.
- O Square Kilometre Array Observatory (SKAO) é uma organização intergovernamental constituída, para já, pelos seguintes sete países membros fundadores: Austrália, África do Sul, China, Itália, Países Baixos, Portugal e Reino Unido.