O que esconde uma bola de gelo? Eis Europa.

Europa, uma das luas de Júpiter.

Europa, uma das luas de Júpiter. Créditos da imagem: NASA/JPL/SETI Institute

Artigo em parceria com a National Geographic Portugal

Uma das quatro maiores luas de Júpiter, Europa, é uma bola de gelo, mas talvez não seja tão gelada assim, e possa servir de casa a estranhas formas de vida.

Por José Silva1

O Sistema Solar, este ínfimo lugar no Universo, é a casa de mundos muito distintos, apesar de terem todos surgido de uma mesma nuvem primordial de gás e poeira. Ainda assim, dos oceanos da Terra aos gêiseres de gelo de Tritão, lua de Neptuno, há algo comum entre muitos deles.

Água por toda a parte!

A nossa casa no Sistema Solar, a Terra, tem a peculiaridade de ter água líquida em permanência à superfície, algo crucial para a vida como a conhecemos. Na verdade, é o único corpo do Sistema Solar que se conhece com esta característica. No entanto, a água é relativamente comum no nosso sistema planetário, embora noutros estados físicos. É mesmo um dos elementos dominantes na formação de muitos corpos para lá da cintura de asteroides que existe entre Marte e Júpiter.

Um dos exemplos mais famosos são os anéis de Saturno, que refletem muita luz solar devido precisamente aos milhões de fragmentos feitos sobretudo de gelo de água. São também exemplos um grande número de luas dos gigantes gasosos Júpiter e Saturno e dos gigantes gelados Úrano e Neptuno. Uma delas é Europa, em órbita de Júpiter. A quantidade total de água que se estima existir nesta lua será entre duas a três vezes mais do que toda a água de oceanos e lagos na Terra.

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  1. José Eduardo Silva é aluno de doutoramento em Astrofísica no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa).