Dados desta pesquisa, em parte analisados pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), permitiram determinar que medições da proporção Carbono/Nitrogénio podem ser usadas para estimar a idade de estrelas gigantes.
Segundo um estudo recente, que conta com a participação do investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Sérgio Sousa, é possível estimar a idade de estrelas gigantes medindo a proporção Carbono/Nitrogénio na sua constituição. Este estudo foi publicado na edição de setembro da revista Astronomy & Astrophysics.
A idade de uma estrela é um dos parâmetros mais difíceis de estimar com exatidão, mas a análise de enxames de estrelas ajudam a simplificar essa tarefa pois é possível combinar observações de várias estrelas que nasceram basicamente ao mesmo tempo.
Segundo Sérgio Sousa (IA & Faculdade de Ciências da Universidade do Porto): “Este estudo permitiu-nos fazer uma ligação direta entre a idade de estrelas e o rácio dos elementos de Carbono e Nitrogénio que estão presentes nas atmosferas das estrelas. A relação foi feita com base na idade dos enxames e pode ser usada para estimar a idade com mais precisão em estrelas da nossa galáxia que não pertençam a enxames e para as quais temos medições das abundâncias de C e N.”