Atividade estelar pode simular desalinhamento de exoplanetas

Exoplaneta em trânsito

Imagem artística de uma observação fotométrica de exoplaneta a transitar a sua estrela-mãe, com trajetória que o leva a ocultar uma mancha da estrela. Créditos: Ricardo Cardoso Reis (IA/UPorto).

A ocultação de regiões ativas nas estrelas, durante um trânsito planetário, podem levar a estimativas incorretas das características desses exoplanetas. Esta foi a conclusão das simulações efetuadas por uma equipa de astrónomos, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e do Instituto de Astrofísica da Universidade Georg-August, na Alemanha.

As simulações, que recorreram ao efeito Rossiter-Mclaughlin1 (RM), mediram a inclinação das órbitas dos exoplanetas, um parâmetro que permite determinar informação crucial acerca da formação planetária, processos de evolução e até ajuda a distinguir entre os diferentes modelos de migração dos planetas. 

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Notas:

  1. O Efeito Rossiter-McLaughlin é uma anomalia na velocidade radial, que ocorre quando o planeta transita a sua estrela-mãe. Por causa da rotação da estrela, uma parte do disco estelar está a mover-se na nossa direção e tem um desvio para o azul, enquanto a outra parte está a afastar-se de nós e tem um desvio para o vermelho. Por causa disto, quando o planeta atravessa o disco estelar, em cada lado bloqueia a luz com diferentes velocidades.