Livro “ESPRESSO: Uma Aventura no Deserto de Atacama”

O relato fotográfico, em livro, de uma aventura tecnológica e humana, movida pelo desejo de descobrir outras “Terras” no Universo.

de Alexandre Cabral e Nuno Cardoso Santos

ESPRESSO: Uma Aventura no Deserto de AtacamaIdiomas: Português e Inglês
Número de páginas: 58
Dimensões: 25 x 17,5 cm
Edição: 2021, Centro de Investigação em Astronomia/Astrofísica da Universidade do Porto
ISBN: 978-972-98162-2-2
Financiamento: Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., e COMPETE2020
Apoios: Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, e Agência Espacial Portuguesa

Edição gratuita.


Sinopse

Nos últimos 30 anos descobrimos que quase todas as estrelas que vemos à noite no céu têm planetas à sua volta. A maioria desses planetas deverão ser rochosos, como a Terra. Com ambição científica e engenho tecnológico, os cientistas e engenheiros portugueses estão entre os pioneiros na viagem à descoberta de outros mundos.

É o relato de parte dessa viagem, em fotografias e memórias criadas no deserto mais seco do mundo, no Chile, que dois desses pioneiros oferecem neste livro. Conheça nestas páginas a aventura tecnológica e humana da construção do ESPRESSO, viagem movida pelo desejo de descobrir, e um dia talvez chegar, a outras “Terras” no Universo.

Equipa do ESPRESSO junto a um dos telescópios numa das muitas missões do “Coudé Train” ao Paranal.
Equipa do ESPRESSO junto a um dos telescópios numa das muitas missões do “Coudé Train” ao Paranal. Da esquerda para a direita, Pedro Santos (IA), Gerardo Ávila (ESO), Bernard Delabre (ESO), Denis Mégevand (OBSGE), Alexandre Cabral (IA), Manuel Abreu (IA), David Alves (IA) e António Oliveira (IA).
Créditos: Alexandre Cabral, 17-09-2016

Em 2009, a organização europeia que gere alguns dos maiores telescópios do mundo, o Observatório Europeu do Sul (ESO) lançou um desafio à comunidade científica: desenvolver um instrumento capaz de detetar e estudar outras “Terras”, a orbitar outros sóis, à distância de anos-luz.

Um grupo de instituições internacionais, que inclui o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), respondeu e propôs a construção de um instrumento revolucionário: o ESPRESSO. Este instrumento, tecnicamente designado espectrógrafo, permite analisar a luz de estrelas distantes, e nessa luz descortinar os ínfimos sinais de planetas em órbita, pequenos como o nosso.

Durante quase 10 anos, a equipa nacional desenhou, testou, construiu e montou algumas das componentes-chave do ESPRESSO, e é o auge dessa viagem, a instalação na montanha do Paranal, em pleno deserto de Atacama, que é documentado neste livro.

Inaugurado em 2018, os resultados até agora obtidos com aquele que é o melhor espectrógrafo do mundo são surpreendentes. Mas esse é apenas o início de outra aventura.

As estrelas e Vénus (o objeto mais brilhante) a pintar o céu do Paranal no início de mais uma noite de observações.

Nesta foto, podemos ver três elementos da equipa do ESPRESSO refletidos no espelho principal

Descarregue o livro gratuitamente em PDF

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Os Autores

Alexandre Cabral

Alexandre Cabral é Investigador Auxiliar no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É também investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, onde atualmente lidera o Grupo de Instrumentação. Foi responsável pela componente instrumental da construção, teste e integração do ESPRESSO, o que o levou, entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2018, a passar 268 dias, distribuídos por 17 missões, no Observatório do Paranal, no Deserto de Atacama, no norte do Chile.
Nuno C. Santos

Nuno Cardoso Santos é investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e Professor Auxiliar no Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. É o investigador responsável em Portugal pelo projeto ESPRESSO. Em 2004, foi o autor principal do artigo onde se publicou a descoberta do primeiro planeta potencialmente rochoso a orbitar outra estrela. Em 2009, foi-lhe atribuída uma “Starting Grant” pelo European Research Council (ERC) que lhe permitiu criar uma equipa de investigadores, atualmente com cerca de 25 elementos, a trabalhar na pesquisa de planetas extra-solares. Em 2022, o mesmo conselho europeu ERC atribuiu a Nuno C. Santos uma “Advanced Grant” para desenvolver métodos de análise de dados que permitirão detetar e estudar outras Terras.