Novo polo do IA na Universidade de Coimbra

Imagem aérea do complexo do Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra (OGAUC), onde ficará sedeado o polo da Universidade de Coimbra do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). (Crédito: Pedro Ré)

Com a criação do polo da Universidade de Coimbra, o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) passa a estar em três Universidades portuguesas.

O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA1) foi criado em 2014, pela fusão do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL). Com a fusão, o IA tornou-se a maior unidade de investigação nacional na área, com classificação “Excelente” na última avaliação de Unidades de Investigação e Desenvolvimento organizadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

“É com muito entusiasmo que o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço cresce para incluir investigadores na Universidade de Coimbra, que tem, ao longo dos anos, apoiado incansavelmente o desenvolvimento da investigação em Ciências do Universo.
José Afonso

Agora o IA cresceu ainda mais, com a criação de um novo polo na Universidade de Coimbra (UC), que ficará sediado nas instalações do Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra (OGAUC), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Para o coordenador do IA e professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) José Afonso: “O fortalecimento desta área, em Portugal, tem resultado numa participação cada vez mais robusta, incluindo de liderança, nos maiores projetos internacionais, e estou seguro que faremos ainda mais e melhor durante os próximos anos.”

Os investigadores e investigadoras da Universidade de Coimbra que integram o novo polo do IA vêm complementar as áreas já estabelecidas nesta unidade, acrescentando competências em física solar​ (com particular presença no projeto do Telescópio Solar Europeu – EST, incluindo a promoção da adesão plena de Portugal a essa infraestrutura europeia), na meteorologia espacial2 e na erosão espacial3. A equipa da UC consolida assim a capacidade desta unidade de investigação, com vista a uma ainda maior intervenção e impacto internacionais.

Cláudia Cavadas, Vice-reitora da UC para a Investigação, demonstrou que houve: “grande interesse e entusiasmo em acolher o polo do IA na Universidade de Coimbra, dando assim condições para  potenciar a investigação que já se desenvolve na UC nesta área científica, elevando-nos para uma nova escala nacional e internacional, e reforçando as atividades desenvolvidas no Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra, bem como noutras Unidades I&D na UC”. Cavadas acrescenta ainda que: “a efetivação da UC como parte integrante deste centro de excelência é um passo importante no desenvolvimento da área do Espaço, que faz parte de uma das áreas estratégicas da UC: Digital, Indústria e Espaço”.


Notas

  1. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é a instituição de referência na área em Portugal, integrando investigadores da Universidade de Lisboa, Universidade de Coimbra e Universidade do Porto, e englobando a maioria da produção científica nacional na área. Foi avaliado como “Excelente” na última avaliação de unidades de investigação e desenvolvimento organizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). A atividade do IA é financiada por fundos nacionais e internacionais, incluindo pela FCT/MCES (UIDB/04434/2020 e UIDP/04434/2020).
  2. A Meteorologia Espacial é o estudo da atividade solar e das interações Sol-Terra, com impacto nas atividades económicas, sociedade e clima da Terra.
  3. A Erosão Espacial é o tipo de erosão que ocorre em corpos expostos ao ambiente extremamente hostil, sem atmosfera, do espaço exterior, como objetos portadores de gelos, objetos rochosos, detritos espaciais, satélites e outras missões espaciais. Os processos de erosão espacial podem ser provocados, por exemplo, por colisões de raios cósmicos, partículas do vento solar ou meteoritos.

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