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Portugal lidera desenvolvimento de sistema para um telescópio espacial

O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço ganhou um contrato da Agência Espacial Europeia para o desenvolvimento de um sistema de precisão para o futuro observatório espacial das altas energias.

Negócios jng@negocios.pt 16 de Julho de 2020 às 12:08
O Instituto português de Astrofísica e Ciências do Espaço venceu o concurso da Agência Espacial Europeia para liderar um dos consórcios para o desenvolvimento do telescópio Athena, uma das grandes missões do programa de longo prazo apelidado de 'Cosmic Vision' pela entidade europeia. 

De acordo com o instituto português, o telescópio Athena tem o lançamento previsto para 2031 e vai permitir conhecer a forma como os buracos negros com a massa de milhões de sóis determinaram a formação das primeiras galáxias e a evolução de galáxias como a nossa.

Podem também ajudar a compreender como é que essas galáxias se arrumaram em estruturas com a extensão de centenas de milhões de anos-luz e que são o "esqueleto" do Universo, segundo refere o comunicado enviado. 

"O sistema que vamos fazer é um instrumento ótico que permite verificar a direção do espelho e garantir que não existem deslocamentos laterais com um erro maior do que a centésima parte do milímetro entre o sensor de cada instrumento e o ponto focal do espelho. Mas o espelho está a 12 metros de distância. É um rigor muito grande", diz Manuel Abreu, membro do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Segundo explica Abreu, posteriormente, "com o telescópio já no espaço, há um processo de calibração inicial. Todo o sistema sofreu tensões térmicas e vibrações dentro do foguetão, e há uma grande probabilidade de não chegar alinhado".

Neste contrato, a entidade portuguesa vai liderar o desenvolvimento de um sistema de medida que garante que o espelho do telescópio, de 2,5 metros de diâmetro, estará a apontar precisamente para o sensor de cada um dos dois instrumentos científicos.

Desde 2013 que investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço participam também no desenvolvimento de um desses instrumentos, uma câmara de imagem de grande campo, pelo que o instituto está presente tanto na ciência como na engenharia deste futuro observatório dedicado ao Universo das altas energias.

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