Estudo pioneiro dá novas pistas sobre a evolução das galáxias

Galáxia espiral NGC 1232

Imagem da galáxia espiral NGC 1232. As cores das diferentes regiões são bem visíveis: As zonas avermelhadas do centro representam estrelas mais antigas, enquanto as estrelas azuis e regiões de formação estelar populam os braços em espiral. Crédito: ESO

Recorrendo a Unidades de Campo Integral para Espectroscopia 3D (IFS1) e avançadas ferramentas computacionais, Iris Breda e Polychronis Papaderos do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) alcançaram um marco importante para a resolução de um enigma de longa data na astronomia extragaláctica – a natureza e formação do núcleo das galáxias espirais, como a Via Láctea.

Até aqui pensava-se que a formação do bojo central se dava ao longo de duas vias distintas. Os bojos clássicos são formados por estrelas antigas, mais velhas que as do disco, porque se formaram rapidamente antes deste, há cerca de 10 mil milhões de anos. Já os pseudo-bojos são formados por estrelas de idade semelhantes às do disco, pois a formação estelar foi lenta, continuamente alimentada por um fluxo de gás proveniente do disco.

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Notas:

  1. Em unidades de campo integral para espectroscopia 3D (Integral Field Unit spectroscopy – IFS), o sinal de cada pixel do detetor é enviado para um espectrógrafo, que gera um espectro, o que permite o registo simultâneo de milhares de espectros por galáxia, produzindo assim uma visão tridimensional das estrelas e gás ionizado de cada galáxia.