Descoberta da galáxia CR7 revela as primeiras estrelas do Universo

Impressão artística da CR7, uma galáxia muito distante.

Esta impressão artística mostra a CR7, uma galáxia muito distante que é de longe a galáxia mais brilhante encontrada até à data no Universo primordial. Créditos: ESO/M. Kornmesser

Uma equipa internacional de astrónomos, liderada por David Sobral, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) descobriu1 aquela que é a galáxia mais brilhante alguma vez encontrada no início do Universo. A equipa encontrou ainda, pela primeira vez, fortes indícios da existência da primeira geração de estrelas.

Há muito que os astrónomos previram a existência de uma primeira geração de estrelas2 formadas a partir do material primordial do Big Bang3. As primeiras estrelas devem ter sido enormes – várias centenas ou mesmo milhares de vezes mais massivas que o Sol – extremamente quentes, e com um tempo de vida de apenas alguns milhões de anos.

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Notas:

  1. Os resultados serão apresentados no artigo Evidence for PopIII-like stellar populations in the most luminous Lyman-aemitters at the epoch of re-ionisation: spectroscopic confirmation (Sobral et al. 2015), na conceituada revista Astrophysical Journal.
  2. Às primeiras estrelas que se formaram no Universo dá-se o nome de População III. Este nome surgiu porque os astrónomos já tinham classificado as estrelas da Via Láctea como População I (estrelas como o Sol, ricas em elementos pesados) e População II (estrelas mais velhas, com poucos elementos pesados).
  3. Após o Big Bang os únicos elementos que existiam no Universo eram hidrogénio, hélio e vestígios de lítio.